CONIVÊNCIA
Conivência
Não posso ser conivente
respaldando o que não creio
mesmo que seja fovente
devo ir além desse anseio.
(Muitas vezes devemos transcender ao fugaz, todavia sedutor, desejo de deixar a nossa consciência ser aliciada pela conveniência da ilicitude, quando essa vem em nosso proveito, ou atende aos nossos interesses. Sempre há um caminho digno que podemos tomar, sem sermos um estorvo, sem colocarmos empecilhos ou dificultarmos o caminho do outro. Há miríades de outros caminhos que podem evitar confrontos, dissabores, desilusões, decepções. Não precisamos ocupar o espaço do outro. Há espaço, há lugar para todos. O mundo é grande. As possibilidades são infinitas. Não vamos ficar na finitude, não vamos delimitar as nossas aspirações acreditando egoisticamente que o lugar do outro deveria ser ocupado por nós. Que cada um tenha o seu espaço e que cada um respeite o espaço do outro. Esse é o modelo ideal de sociedade.)