Confusão
Pergunto-me se você possui humanidade
Ou se tem apenas belos olhos castanhos
Seria coincidência a mesma cidade?
Ou seria o acaso nós dois, dois estranhos?
Algumas pessoas têm mais vidas
E me fazem mais um sorriso tolo
Mas não são as músicas bonitas,
Que te levam o choro?
Quantas estrelas aprisionou em si?
Ou será apenas eu que enxergo o céu vazio, sem calor?
Não fazem sentido os livros que li,
Sendo que eles acreditam em amor.
Seres humanos são um reflexo
Do paradoxo do inimaginável brusco
São apenas palavras sem nexo
Que significam seu estado confuso.
Inspira-me músicas, livros, poesias
Inspira-me tantas coisas, que perco-me em mim
Devia agradecer-lhe, então, pelos dias
Que chegaram ao fim.
Não é isso, senão, um poeta nato?
Bons atores, que fingem atuar bem
O sentimento de uma poetisa é forçado, sendo errado
Afirmar o que elas não viveriam sem.