Eu rio, na água turva do rio da vida, eu rio.
Eu rio, alegremente distraidamente eu rio,
Eu rio, mesmo que se faça turva a água do rio,
Mesmo que o coração amado se mostre frio,
E diante do desafio, que se mostra bravio,
Eu simplesmente o compreendo e então rio,
Para alguns isto até pode parece um desvario.
E que a divícia da loucura será o meu apanágio.
Outros podem me chamar de hipócrita de néscio,
Mas eu sei que eles não me entendem então eu rio.
E se os meus versos a ela, ou a alguém causam fastio.
Mesmo assim eu versejo, e o meu amor eu anuncio.
Pois amar é viver, e amando meu horizonte amplio.
E quando o lume de minha vida se apagar no pavio,
Muitos se lembrarão, deste que rio, e amou sem desvio.
E se na vigília, disserem jaz um poeta de versos erradio.
Se pudesse diria: vocês não me conheceram por isso eu rio.
(Molivars)