Eu rio, na água turva do rio da vida, eu rio.

Eu rio, alegremente distraidamente eu rio,

Eu rio, mesmo que se faça turva a água do rio,

Mesmo que o coração amado se mostre frio,

E diante do desafio, que se mostra bravio,

Eu simplesmente o compreendo e então rio,

Para alguns isto até pode parece um desvario.

E que a divícia da loucura será o meu apanágio.

Outros podem me chamar de hipócrita de néscio,

Mas eu sei que eles não me entendem então eu rio.

E se os meus versos a ela, ou a alguém causam fastio.

Mesmo assim eu versejo, e o meu amor eu anuncio.

Pois amar é viver, e amando meu horizonte amplio.

E quando o lume de minha vida se apagar no pavio,

Muitos se lembrarão, deste que rio, e amou sem desvio.

E se na vigília, disserem jaz um poeta de versos erradio.

Se pudesse diria: vocês não me conheceram por isso eu rio.

(Molivars)

Molivars
Enviado por Molivars em 18/09/2015
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