Verso, verso, verso...
Verso é o oposto do silêncio
Porém, se faz de seus ecos
Pós-apocalíptico em seu rito
Claro, escuro, longe e perto
Recicla misterioso
O refugo que ficou
Restos, recortes, descartes
Quem com arte os remontou
São saudades apanhadas
Espalhadas pelo tempo
Traços de casos passados
Marcas de muitos momentos
Noutras vezes versam sonhos
Levezas de brisa em letras
Sem limites, sem tamanhos
Onde as emoções se deitam
É o inverso das palavras
Menos nobres do pensar
É o mais próximo que estava
Do que sente quem está lá
É o carinho do desarme
Sobre os nervos de tensões
Versos destravam quem arde
Mas não soltam as emoções
Na poesia se encontram
Brilhando em constelações
Notas de obras melódicas
Pensamentos, vibrações...
A ideia de escrever
Na arte de aprimorar
O talento de crescer
Sorrir, luzir ou chorar