POIS É, SIMPLES ASSIM...
Paisagem árida, seca na vastidão
Pobre Gaia, estuprada e doente
Tamanha ganância e devastação
E assim a água some, de repente
Chegam os apocalípticos tempos
Que fazer? Agora é tarde demais
A soprar, continuam os ventos
Brancas nuvens sobre mananciais
Homens convivem com a agonia
A prevista e irreversível situação
Assim, mais dias ou menos dias
A humanidade em autodestruição
A derradeira gota de esperança
Já pingou, secou e evaporou-se
Nem tempestade nem bonança
Pois o que era doce acabou-se...
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Texto inspirado na insuficiência de chuvas, em especial na região sudeste.
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ADRIA COMPARINI traz toda sua fé e esperança na solução da seca, em belo soneto de confiança na interferência divina:
MISERICÓRDIA DIVINA
Deus em sua infinita afeição,
Ouve nossos clamores e preces...
E do alto do Céu vêm as benesses,
São gotinhas de amor e compaixão.
Todos percebem que esta devastação,
Maltrata a Nossa Terra, a aquece...
E com tanto calor tude fenece,
As plantas secas causam desolação.
E quando nos sentimos exauridos,
A chuva cai aqui, torrencialmente...
Enchendo os rios, causando inundação.
Seguimos humildes e agradecidos,
Cônscios que teremos daqui prá frente:
De conter toda esta autodestruição!
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