Litigioso
Para ti que bato as minhas palmas;
Ao alternar teus papéis de vítimas,
Queres justificar mentiras íntimas,
Ação corrente de medíocres almas!
Pensas que é sagrada tuas lástimas!
Lá no fundo somos apenas lamas,
Uns acham ser reis, outras damas,
Sempre primeiras e nunca últimas.
Mesmo já exausto das tuas tramas,
Aceito, às vezes, as tuas esgrimas,
Que no final acabam em lágrimas,
Mas elas não me causam traumas.
Como eu sei que tu nunca somas,
E pensando que assim me domas,
Sei que não angario tuas estimas,
Por eu ter te dado vida de plumas.