Chaves PI PI PI PI PI
Aqui, sem querer, querendo,
Eu vou homenagear,
A Chaves, que não tá vendo
Bastante gente chorar.
Seu Barriga, das pancadas
Que de Chaves recebeu,
Confessou: a mais pesada
Foi essa, a que mais doeu.
Pelos cascudos que deu,
Madruga pediu perdão.
Chiquinha se derreteu,
Lágrimas molhando'o chão!
O Kiko, no paredão,
Chora sem se consolar,
Com saudade do'amigão
Que foi pra não mais voltar!
A Bruxa do Setenta'e um
Chora copiosamente,
Porque nunca deu nenhum
Sequer um simples presente!
Por ele não está presente
A Florinda também chora,
Ela hoje muito sente,
Pois viveu lhe dando o fora.
Já o filho de Barriga,
Conhecido como Nhonho,
Diz que perdoou as brigas
Também diz: "parece'um sonho"!
Quando Madruga corria
Pra dá cascudo profundo
Chaves logo se valia
Do seu barril, nada fundo!
Era sempre compassivo,
Mas passava do limite,
Para o amigo explosivo
Dizia: "mas não se irrite"!
Chaves só não trabalhava
Por ninguém lhe dá serviço.
Quando Chaves concordava
Dizia "isso isso isso"!
Sem ter muita experiência,
Irritava o seu amigo,
E dizia: "paciência
Ninguém nunca tem comigo"!
Chaves nas aulas dizia:
"Gente burra não tolero"!
Quem 'errado' respondia
Dizia: "dá a ele um zero"!
O professor Girafales
Pedia "Chaves responda"
Porém depois "não, não fales
Tu só sabes 'tirar onda' ".
Às vezes passava dois
Dias sem se alimentar
Nenhum pouquinho de'arroz
História de arrepiar!
Sentia um enorme amor
Pela Paty, coleguinha
Mas como agradar a flor
Se Chaves, nada não tinha?
Não mora mais num barril,
Já não vive mais ao léu,
Não passa mais fome e frio,
Fez na terra um bom papel.
Está provocando choro
Quem nos fez tanto sorrir
Por todo canto há um coro:
PI PI PI PI PI PI PI!
Sem esquecer o Shapolin Colorado!
Tiago Duarte