Há Tempos
Há tempos não recebi visitas
E as flores murcharam a esperar
O sorriso esmareceu-se a vista
Sem mais vestígios em meu olhar
Há tempos a tinta não marcou o papel
Nem um verso sequer vida criou
Com o olhar perdido ao céu
Indo junto a nuvem que o céu levou
Há tempos o coração bate sem razão
E que razão pode a ele estar
Num movimento brusco se vai ao chão
Com mil amores prontos a chorar
Há tempos já não vejo o sol
Milênios que não banho ao mar
Querendo no fundo estar só
Quando o fim vier a me buscar