Há Tempos

Há tempos não recebi visitas

E as flores murcharam a esperar

O sorriso esmareceu-se a vista

Sem mais vestígios em meu olhar

Há tempos a tinta não marcou o papel

Nem um verso sequer vida criou

Com o olhar perdido ao céu

Indo junto a nuvem que o céu levou

Há tempos o coração bate sem razão

E que razão pode a ele estar

Num movimento brusco se vai ao chão

Com mil amores prontos a chorar

Há tempos já não vejo o sol

Milênios que não banho ao mar

Querendo no fundo estar só

Quando o fim vier a me buscar

Aleph Maia
Enviado por Aleph Maia em 03/03/2014
Código do texto: T4714078
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