Quadras soltas
Não sei ao que venho
E não sei ao que vou
Não sei o que tenho
E não sei quem sou.
Escrevo sem muito pensar
Naquilo que me vem à mente
Procurando contudo rimar
O conteúdo da alma que sente.
Procuro escrever sem desanimar
Embora os neurónios quase sempre de greve
Não compareçam para eu criar
Uma qualquer história, ainda que breve.
Na falta de melhor, saíram estas quadras
Embora soltas, são para mim um espanto
E já que me meti por essas estradas
Vou apresenta-las aos amigos do Recanto.