DESTINO DO AMANTE CONTADOR DE VANTAGENS...
A raiva me consome quando ouço tais asneiras,
Um falador, possuidor de uma gruta de besteiras,
Contando aos ventos suas aventuras dos amores,
Alienados olhos de uma besta que espalha dores.
A difamar, quem lhe ofereceu amor, de uma forma vil,
Que deveria ser enquadro em código penal e civil,
Como crime hediondo e, quiçá, com pena capital,
Ou perpétua, no mínimo, sem direitos, etc. E tal.
Deveria ser tratado como jumento, sem ofensa ao animal,
Pois este ainda tem instinto, aquele apenas tenta e muito mal,
O nobre jumento, porém, ostenta o que o falador nunca terá,
Mas sua língua afiada o mesmo tamanho daquilo ela medirá.
Passará os últimos dias frios, sozinho, sem mentiras a espalhar,
Sentirá na espinha calafrios até o arrependimento matar,
Ou ouvirá outros tolos a contar as mesmas mentiras suas,
Vagará pelos cantos, sem contos, reles vulto, rastejando pelas ruas.