DESTINO DO AMANTE CONTADOR DE VANTAGENS...

A raiva me consome quando ouço tais asneiras,

Um falador, possuidor de uma gruta de besteiras,

Contando aos ventos suas aventuras dos amores,

Alienados olhos de uma besta que espalha dores.

A difamar, quem lhe ofereceu amor, de uma forma vil,

Que deveria ser enquadro em código penal e civil,

Como crime hediondo e, quiçá, com pena capital,

Ou perpétua, no mínimo, sem direitos, etc. E tal.

Deveria ser tratado como jumento, sem ofensa ao animal,

Pois este ainda tem instinto, aquele apenas tenta e muito mal,

O nobre jumento, porém, ostenta o que o falador nunca terá,

Mas sua língua afiada o mesmo tamanho daquilo ela medirá.

Passará os últimos dias frios, sozinho, sem mentiras a espalhar,

Sentirá na espinha calafrios até o arrependimento matar,

Ou ouvirá outros tolos a contar as mesmas mentiras suas,

Vagará pelos cantos, sem contos, reles vulto, rastejando pelas ruas.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 10/04/2013
Código do texto: T4234311
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