A morte do soneto
O soneto puritano
Sempre deixou sua marca
Promana do italiano
Com nosso gênio Petrarca
Foi também renascentista
Com Luis Vaz de Camões
um famoso beletrista
Trovador das emoções
Nosso Gregório de Matos
Poetizou sem sufoco
Montou sonetos exatos
No velho estilo barroco
Foi famoso com Bocage
O grande gênio arcadista
Embora depois viaje
Na musa do simbolista
O soneto conviveu
Com romantismo bem vasto
Castro Alves descreveu
Soneto bonito e casto
Com o romantismo lírico
Outra musa se revela
Com o soneto satírico
Do nosso grande Varela
Com Antero de Quental
Desvendara o pessimismo
Nas plagas de Portugal
O berço do realismo
Com Bilac foi perfeito
Na musa parnasiana
Augusto mostrou conceito
Nesta forma puritana
Na musa decadentista
Seu valor ainda repousa
Com o nosso simbolista
O João da Cruz e Sousa
Com a semana de arte
O bom soneto morreu
Também nunca mais fez parte
Desse mundo que foi seu.
Poesia de autoria do poeta e ex-repentista russano Antonio Agostinho, hoje homem dedicado às letras.