Minhas Obras

Minhas obras são páginas rasgadas

que esmagam sentimentos, vida e amor.

São labirintos sem fim, sem saída,

e os meus olhos se fecham de dor.

No meu peito, uma fonte jorra sangue,

com o espanto que tenho em vê-las,

estes restos de obra tão mortas,

e que teimo ainda, escrevê-las.

Minhas obras são páginas viradas,

moídas, jogadas ao vento.

Quebradas por mãos tão iradas,

e no pó, solitário me assento.

No meu peito, uma fonte jorra sangue,

com sangue e com pó me lamento.

Os meus ossos se calam no pó,

e do criador apenas, me sustento.

Aldeir
Enviado por Aldeir em 12/12/2012
Código do texto: T4032471
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