“TROGLODITA”
Valdemiro Mendonça.
Sou poeta troglodita
Não quero vida eterna,
Eu só caço a cabrita
Pra comer na caverna.
Choveu, fico de molho,
A espera do almoço.
Após, trogla cata piolho,
E vou roendo um osso.
A tarde tem frutas e mel
E trogla faz salgadinha,
Não gosta de dar pastel
Mas não nega a coxinha.
Eu aceito e gosto, afinal...
Ali a cama é pele macia,
E durmo no leito real,
Só acordo no outro dia.
Trovador