O escorpião-menino
Na caixinha do passado
tristeza é erva-daninha,
Alegria é jóia rara,
Muito bem escondidinha.
Se quiseres encontrá-la
E meio à erva-daninha,
Compete ir lá buscá-la.
Anda, menino, caminha.
E, se o meu passado é tão claro;
tela com várias matizes.
O que direi do futuro?
O futuro é uma sala escura,
Lá aonde tenho raízes.
Ora, agora,
O escorpião quer amar,
O insensato quer virar gente,
Quer sentir o que todo humano sente
No seu miserável coração humano?
tenha cuidado, escorpião atrevido!
Não se aproxime da serpente!
Por que ela desliza e mente,
E te envolve com as escamas.