Epílogo do Mártir
 
A esperança há muito desvanecida
Canários cantam secamente
Esvai-se o ultimo fio de vida
Do bravo guerreiro valente
 
Grilhões prendem os punhos
Que outrora empunhou a espada
Sem recompensas nem sonhos
Sua causa era vingar a amada
 
Agora jaz sobre o tronco
E a vida não mais lhe pertence
E aqueles por quem lutou
Seu ideal não mais convence
 
A lágrima escorre-lhe à fronte
Pelo amor que lhe foi tirado
Em breve cruzará a ponte
Para viver eternamente ao seu lado
 
Louco, sonhador gentil
Por sonhar tem o sangue derramado
Sob o solo de um reino vil
Aonde as recompensas chegam com mau grado
Roberto Codax
Enviado por Roberto Codax em 17/06/2012
Reeditado em 10/09/2012
Código do texto: T3729030
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