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Na pálida noite,
A sombra me inunda,
Em grande mistério,
Na noite profunda.
Chora tristemente
Minh'alma perdida,
Nesta escuridão…
A vagar p'la vida.
Sem conter o pranto
Que lhe invade o peito,
Geme d'aflição
À noite, no leito.
Segreda ao silêncio
Com trêmula voz
O seu canto triste:
Um cântico atroz!
À brisa funesta,
Murmura lamentos
Que ecoam na noite,
Em graves tormentos!
Eu clamo às estrelas
E invoco ao vento:
— Que venha co'a Aurora
O áureo firmamento!
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