SOFRO POR TE AMAR
Penso que é minha sentença
Viver sem meu amor
A saudade é minha crença
No meu jardim tá triste o beija flor
A gente amadurece
É fruto que cai no pé
Outra arvore cresce
Pertinho do bem me quer
Dentro de ti estou sorrindo
Mesmo não me querendo no teu ninho
Como um lírio mimoso vai abrindo
Assim sigo eu perfumando teu caminho
O favo está seco sem mel
A operária se embriaga de açúcar do canavial
Como um ébrio na sarjeta baila tonta diante do céu
Bebe pra esquecer e suas mágoas afogar no pote residual
Já se passaram tantos anos
Nada muda em meu bem querer
Em qualquer lugar sigo amando pelo cotidiano
Seja aqui ou na terra do sol nascer
Vou ruminando tua face
Como a paciência de um monge
Nem que para isto o tempo eu cace
Pra quem ama de verdade a distancia nunca é longe...