Fulgor
Quando eu sinto o amor, mas fico silente,
Fico logo com o coração bastante ardente.
Ferve-me o sangue e de forma surpreendente,
Um brilho surge nos olhos bem de repente.
Mas por ti, meu amor, bem diferente,
Fica todo o meu sangue efervescente
E o brilho nos meus olhos, nunca ausente,
Se destacando vira um ponto fugente.
Se olhares os meus olhos, bem calmamente,
Verás que holofotes se tornam, bem claramente,
Porque o amor por ti não me faz um ser latente
E os meus olhos fazem de mim ponto eminente.