EUS
Eus
Quantos mundos há em mim
Quantas faces em meu espelho
Quanta dor inacabada
tanto vento nunca vindo.
Tantas faces mutiladas
tantas noites anunciadas
de manhãs nunca vistas
Encantos desencantos.
Nas águas que se passaram
Lagos cristalinos; barrentos
Minhas faces despedaçadas
Levaram a correnteza.
O que sobrou? Se sobrou?
O que sempre sobra
A soma de muitos eus
A construirem está casa.