LARVA FRIA
Oh! noite fúnebre e fria!
Noite sombria, amargurada!
Lanço-te versos sofridos
Na solidão desgraçada!
Vislumbro um abismo terrível!
Vejo-me morta a arquejar!
A alma soluça tristonha
E recomeça a chorar!
O Câncer vem me afligir
Com gargalhadas à porta.
Quer me levar à vil cova
Hoje, amanhã... não importa!
Meu triste ser se deplora
Prevendo a morte sombria.
Na noite fria e sinistra
Tornar-me-ei Larva Fria!