DESERTO CORAÇÃO
Oásis, teus beijos nesse árido deserto,
Formado pelas dunas dessa imensa solidão,
Ventos do passado ainda por perto,
Apertando o peito vítima de quem foi exclamação.
Por isso quero a rota desse oásis, beijos teus,
Para não ser o nômade, tão perdido entre grãos,
Areia da miséria, vento arrasta pela noite breu,
Quero guia das estrelas desse céu em formação.
Oásis, no calor que dilacera, teu rosto é miragem então,
Arrasto-me como louco a vagar para saciar a sede minha,
Por mais que siga a segura criada imagem direção,
Forma-se tempestade, desfazendo a imagem que me vinha.
Novamente em deserto a caminhar incerto,
A buscar aquela miragem cálida em quente coração,
Encontrar o querido oásis que eu tanto espero,
Que aplaque a sede e disperse a desilusão.