DESERTO CORAÇÃO

Oásis, teus beijos nesse árido deserto,

Formado pelas dunas dessa imensa solidão,

Ventos do passado ainda por perto,

Apertando o peito vítima de quem foi exclamação.

Por isso quero a rota desse oásis, beijos teus,

Para não ser o nômade, tão perdido entre grãos,

Areia da miséria, vento arrasta pela noite breu,

Quero guia das estrelas desse céu em formação.

Oásis, no calor que dilacera, teu rosto é miragem então,

Arrasto-me como louco a vagar para saciar a sede minha,

Por mais que siga a segura criada imagem direção,

Forma-se tempestade, desfazendo a imagem que me vinha.

Novamente em deserto a caminhar incerto,

A buscar aquela miragem cálida em quente coração,

Encontrar o querido oásis que eu tanto espero,

Que aplaque a sede e disperse a desilusão.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 01/09/2011
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