As canções de veraneio
Estive nos olhos escurecidos dos mares
Onde os ouvidos adormecem no sereno da noite,
Na calma dos sonhos de amor dos velhos ares,
Sentindo as almas vagarem pela suma e leve mente.
Abracei as perdidas flores do campo de estrelas
Lidas nas noites de histórias de céu perfeito,
Caída nos oceanos onde a vida dorme em celas
Como algo indomável à alma entorpecida em seu leito.
Subi ao céu e além fui dos segredos e sentimentos
Das antigas paixões dos soldados mortos de amor
E sucumbí à vontade não entendia dos levianos cantos
Sem medo de trajar-me como uma rosa no campo.
Quando no silêncio as canções vão-se ao abandono
A imortal alma se cala na presença da solidão
E morre ao abraço da morte em seu desperto sono
Para assumir gritos nos mares dos olhos de verão.