01 de Setembro de 1887
É muito bom saber, Que hoje coexisto sem fome e sem overdose
Conseguir dormir mesmo! Ainda não consigo direito
Mas, No custo-benefício, Eu já tô no lucro
Sem precisar puxar gatilho, Eu já tô no lucro
As vezes surto, Mas, Ainda tô no lucro
Liberdade na verdade, É uma guerra Espiritual, Física e Virtual
Não existe leis para o Paraíso, Quando encontro o que é bom, Me vejo perdido
Daí então, Vou me convertendo e obtendo, Vou perdendo Saúde e ganhando Saudade
Uma Seca aqui, Outra acolá, Faz parte
Um remédio aqui, Outro acolá, Faz parte
E nesse belo quadro social, Baniram toda minha vaidade
Já não posso mais Sonhar, Destruíram minhas Verdades
Assim como o crack destrói de São Paulo a Detroit, Cocaína ainda é a droga da moda, E sempre quem morre na mão da policia é o Pobre Preto da Periferia
O maconheiro que vai preso, É o maconheiro preto, É sempre assim
Cansei de baixar aplicativos, Por agora, Vou jogar meu celular fora
E vou me jogar na lata do lixo, Vou me enterrar com um belo rosário e um velho crucifixo
E na internet ainda vão fazer chacota, depois vão me cancelar por causa de tudo isso.
(HISTÓRIAS de um LIVRO que vem)