“A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR, A DEUS O QUE É DE DEUS”

"O Reconhecimento Adequado: A César o que é de César e a Deus o que é de Deus"

Moacir José Sales Medrado[1]

 

INTRODUÇÃO

O provérbio popular "A César o que é de César e a Deus o que é de Deus" nos lembra da importância de reconhecer e atribuir corretamente as responsabilidades e direitos a cada entidade ou autoridade. Neste artigo, exploraremos a conexão entre esse provérbio e a floresta, destacando a necessidade de respeitar e proteger os ecossistemas naturais como parte do legado divino e como um dever para com as gerações presentes e futuras.

 

DESENVOLVIMENTO

As florestas são uma criação da natureza, um presente da Terra e uma parte integrante do planeta em que vivemos. Como tal, é nosso dever reconhecer o valor intrínseco das florestas e atribuir a elas a devida importância e cuidado.

 

"A César o que é de César" nos lembra da responsabilidade humana de respeitar e gerenciar adequadamente as florestas. Isso significa reconhecer que as florestas são recursos naturais valiosos, oferecendo uma infinidade de benefícios, como a regulação climática, a conservação da biodiversidade e o fornecimento de recursos essenciais.

 

"A Deus o que é de Deus" nos leva a compreender que as florestas também são parte de um legado divino, da criação que nos foi confiada. Como seres humanos, temos a responsabilidade de sermos bons administradores e protetores desses preciosos ecossistemas, preservando-os para as gerações futuras.

 

Isso implica em adotar práticas de manejo sustentável, evitar o desmatamento indiscriminado, promover a restauração de áreas degradadas e garantir a conservação da biodiversidade florestal. Devemos reconhecer que somos parte integrante da natureza e que nossa sobrevivência e bem-estar dependem da saúde e da resiliência dos ecossistemas florestais.

 

Além disso, o provérbio nos lembra da importância de atribuir reconhecimento e valor às comunidades indígenas e tradicionais que há gerações vivem em harmonia com as florestas. Seus conhecimentos e práticas ancestrais desempenham um papel vital na preservação das florestas e na promoção da sustentabilidade. É essencial respeitar seus direitos e envolvê-los nas decisões relacionadas à gestão florestal.

 

CONCLUSÃO

"A César o que é de César e a Deus o que é de Deus" nos lembra da responsabilidade de reconhecer e preservar o valor das florestas como parte do nosso legado natural e como um dever para com as gerações presentes e futuras. Devemos atribuir o devido reconhecimento e cuidado às florestas, adotando práticas de manejo sustentável, conservação da biodiversidade e envolvimento das comunidades locais. Somente assim poderemos honrar o que é de César e o que é de Deus, garantindo um futuro saudável e sustentável para as florestas e para nós mesmos.

 


[1] Pesquisador Sênior em Sistemas Agroflorestais (Embrapa – aposentado); Engenheiro Agrônomo (UFCE); Especialista em Planejamento Agrícola (SUDAM / SEPLAN – Ministério da Agricultura); Doutor em Agricultura (ESALQ / USP); Proprietário e Diretor Geral da MCA – Medrado e Consultores Agroflorestais