QUIMERA

Não cabe a mim julgar o semelhante.

Pareceu me esquisita aquela petição.

Sujeitar a exame de DNA o próprio irmão...!

À rostos vistos.

Hermanos mui parecidos.

Ela mais aparecida.

Ele.

Na dele.

Pairou a dúvida.

Seríamos filhos do mesmo pai...?

A comprovação viria com o exame de DNA...?

De um romance da mãe, pouco cria na paternidade, deste irmão que lhe sobreveio.

Conclama os familiares à tal questão hereditária.

Em martírio refletia sobre a partilha de um cem número de bens imóveis.

"Se do meu pai filho não fosse como herdará?"

Cá com os meus botões meti o bedelho na celeuma.

Se tu se pareces com ele... então todos deveriam se submeter...

Após os resultados.

Nenhum Nem Outro, eram filhos da Mãe.

Apenas.

Do Pai.

A mãe constrangida e confusa e sobressaltada.

Diz que ambos saíram do ventre.

Remetendo os ouvintes às lembranças do parto de cada um dos filhos.

Que sempre os considerou seus.

O velho pai teve um colapso fulminante.

Passou dessa pra melhor.

Infartou.

Antes que se repetisse o DNA.

Embora houvessem colhido o sangue, e descobrissem...

O pai sofria de QUIMERA.

Mais poeticamente.

Explicou o...

porquê.

A filha nascera.

Com as íris dos olhos.

Desiguais.

Uma azul.

Outra.

Esverdeada.

E o irmão?

Ahh!!

o irmão...

Por compatibilidade.

Mais tarde.

Só.

Riu.

Do que ficou pra trás.

Fez doação de rim.

Pra irmã.

Que não lhe queria mais. 😞

INTERAÇÃO - Antônio Galdino

"A vida tem dessas coisas que são verdadeiros mistérios."

INTERAÇÃO - Glaucia Amaral

"As peças da vida ou a vida em peças..."

INTERAÇÃO - Vera Mascarenhas

A vida dividida nos corpos!

Foi o rio que as uniu?

Ou o rio ficou seco de ferido no bio?

Edras José
Enviado por Edras José em 20/10/2021
Reeditado em 18/11/2021
Código do texto: T7367999
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