2018 - jan. PROVÉRBIOS XX – J B PEREIRA -

Dois pesos, duas medicas.

Não adianta ignorar: tapar o sol com peneira.

A virtude está no meio e não nos extremos.

Ficou enfezado é porque a carapuça

serviu até embaixo e aproveita pra amarrar.

Tem gente que vai pra frente.

Outro, anda pra trás que nem caranguejo.

Outras pode vestir melhor: prefere ficar

Que nem molambo, que desleixo!

Ele pegou um abacaxi danado

Difícil de descascar.

Ele é meu xodó,

Dei chá, você logo chega,

Mas, não abusa. Usa as coisas com parcimônia.

Mas o coitado do nego

Ficou renitente, devia ser penitente.

Contou marra, proeza e coisa e tal.

Não sai do xilindró.

Deixa de cochichar de vida alheia;

Já por você fico roxo de gritar.

Você fica a dar xereta na vida dos outros,

Que vexame. Faça exame de consciência!

Nada de caro, quero preço de pechincha.

Não seja trouxa, chumaço de corda

Não é muda de roupa.

Encharcou tanto na lama,

Agora não consegue se limpar

Da má conduta.

Mulher recauchutada,

Na certa tem olhar na homenzada.

Perder o rumo, sair por aí:

Perder o paradeiro da casa,

Que nem perder a rosca do parafuso.

Fez improviso na sanfona,

Agradou a moçada.

Que azia, Santa Maria do desterro.

Desfaz o mal que prometo ser

Bom o ano inteirinho.

Ressoe o relâmpago,

Mói a cana,

Perdoe o tombo,

Continue o terço,

Atue no bem,

Não remói o passado,

Anseie pela paz, cumpade.

Quem fere com ferro,

Com ferro será ferido.

Bilro com costura

Não fura o dedo

Nem lágrima afeta o brilho

Dos olhos.

Espia o céu a noitinha,

Expia a vida inteirinha.

Não diga tais asneiras, burrices,

A manhã é outro dia. Recomeça o acerto!

Vai direto ao ponto, ao x.

Não fica dando volta ao ponto.

Que horas são?

Quantas horas são?

Cada qual tem o que merece.

Cada qual cada um o caminho carece.

Deixa de desavenças.

Palpites errados,

Briga na certa,

Encrenca à vista.

Quem diz a verdade

Não merece castigo.

Apelido é que nem

Vírus, pega em quem é fraco.

O coitado não tem papa na língua,

Língua não cabe na boca!

Segura o que fala

Para não ouvir o que não quer.

Sem espetáculo, cafajeste.

Sem maldade, seu traste.

Ele dá de galo, veja que já subiu no poleiro

Cuidado!Ele dá coice na sombra.

Tá de mau humor hoje.

Ele tá até mordendo o beiço.

O outro fica a rir da carniça

Que nem urubu no galho seco.

J B Pereira
Enviado por J B Pereira em 27/01/2018
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