DOSSIÊ - SÉTIMA PARTE.
Desde sempre ouvi dizer que educar filhos é tarefa árdua, posso garantir, que em realidade, o É!
E não tem muito para onde correr!
Cada filho um aprendizado para os pais. E mais, tenho visto e ouvido gente de gabarito dedicando-se a discorrendo sobre o assunto – Tá, de forma genérica! É algo que até norteia, de certa forma...
Atalhando, para não melindrar a ninguém, sigamos aqui:
Todavia, deixando-se de lado o veio da maldade e da malícia. Pois é de se dar boas gargalhadas com as frases ou pensamentos que saem das boquinhas de pequenos Serelepes – Não que seus corações estejam cheios, daquilo que dizem, ou que seus pensamentos e atitudes sejam, literalmente, indicativos ou inclinações a isso ou aquilo que os projetos de Gente deixam escapulir por suas bocas lindamente ingênuas.
Tampouco se trata de falhas ou comportamentos inadequados dos pais – Claro que essas pequenas Individualidades vão aqui e ali se servindo dessas ou daquelas ferramentas, atitudes dos adultos, na formação das próprias. Pois afinal além da bagagem genética é notório que o meio tem influência, por sua vez, bastante significativa.
Porém, sem a necessidade de adentrar nesses campos o fato é que, muitas das vezes, me pergunto se realmente meus ouvidos escutaram frases que de tão adultas ficam hilariantemente descabidas numa boca tão imatura. No entanto, a naturalidade com que as crianças dizem as coisas é sumamente inesperada e surpreendente tornando-se, elas e as situações engraçadas.
Conta-se os pais, tios, ou adultos que nada tenham de engraçado, nesta área, para compartilhar, já que o número torna-se inversamente desproporcional em relação àqueles que têm em casa ou próximo a si troçinhos de gente, antenados. E quando surge a esses Catalisadores, pequenas oportunidades, minúsculas brechas no tempo; essas ternuras transformam o momento e de suas boquinhas saem expressões que deixam bocarras caídas sobre o queixo, ou quando não, as escancaram por não como conterem a gargalhada.
Assim foi que meu Serelepe, cabelos de pipoca, que agora mais se assemelham a uma juba revolta, me fez gargalhar diante de mais uma das suas...
Serelepe – “Que porra é essa?!”
Mamãe – Meu filho, o que é isso? Criança não fala palavrão. É muito feio!
Serelepe – “É mamãe? É feio, é! –, Caralho!!!”
Não dá para ser pudico, não dá para ser educador, no amplo da palavra – Nestas horas o único que dá é pra rir (claro, de preferência às escondidas, devido ao reforço, que se pode causar na criaturinha) Visto que esse mesmo serelepe em seu juízo de valores ainda acredita que pode chamar o Lobo mau pra pegar a vovó, não àquela vovozinha, mas sim a vovó dele, serelepe...
Nos moldes abaixo é que o lobo entra nesta narrativa:
Levado pelos avós ao laboratório para proceder exames periódicos, inclua-se, o teste de glicose -, quem já fez sabe do que se está falando, quem a inda não o fez que, imagine algo muito chato, multiplique-o, por quanto queira, que o resultado será exatamente igual ao tal teste. Que começa por se ficar em jejum e no dia seguinte: 1ª etapa colhe-se uma seringa de sangue, logo após ingere-se uma substancia que de tão doce é nauseante -, Segura, nada de vomitar! Espera-se quietinho 30min e mais outra seringa de sangue é retirada.
Infelizmente, gente pequena também é submetida a certas “atrocidades”. Dessa feita o custo benefício vale uma vida, vivida sob controle, mas, plenamente desfrutável.
Que se imagine uma luta!
Quando digo luta, é Luta, com direito a pernadas soltas no vento, braços esticados, segura daqui, segura dali, mordidas também, além de etc...
O Serelepe x Enfermeiros.
1º - Tempo: Vitória! Dos enfermeiros, claro. (a seringa cheia, nas mãos, até parece troféu).
Intervalo -, correspondente aos 30min.
Aí, vovô e vovó, num particular, tentam num misto dissuadir, ao tempo que, também, estimulam o pequeno lutador a tomar a formula da força (àquela...)
O tempo vai passando....
Entretanto... Vovó nesse interregno se viu em maus lençóis; pois o alvo do combatente não era mais os enfermeiros e sim ela, a vovó. Passa-se quase 1h.
Imagino tenha, ela, esgotado toda a sua gentileza e carinho, passando ao nível da pressão (essa eu conheço).Glup!!!
Nem assim, logrou êxito, então, sentindo-se vencida entregou os pontos...
Quando livre, ainda soluçando, volta-se o peleador ao seu fiel escudeiro:
- Vô, me dá, o celular!!!
- O celular!?
- É, quero chamar o Lobo mau pra pegar a vovó...
Pergunto: Dá pra ser, ou fazer algo mais que rir de situações que nada mais são que, cômicas?
PS.: Lá no futuro, bem sei Serelepe, que também você dará boas gargalhadas dessas, assim como das situações em que seus projetos de Gente as protagonizarão. Beijos, Mamãe.