Era azul

Sinto meu peito andar por entre as ondas,

Se desfazendo e se unindo.

Meus olhos se encontra com meu peito,

Vagando pelas nuvens verdes musgo florescente.

E parando na esquina da saudade,

A amizade,das minhas lembranças suplica

Por aquela viagem na máquina do tempo.

Deito no deserto com poucos cogumelos secos

Tento comê-los,mas minha fome fugiu pelas florestas

Imaginárias,se perdendo.

Tento me mover,mas não dou um passo,

Minhas pernas estão entaladas nas restrições

Que me impuseram,a vegetar junto aos cogumelos.

Conheci um belo duende,que me cortou o mal pela raíz,

E enfim consegui me desconectar do Saara.

Me apresentou várias estrelas,me disse a importância

Delas em sua vida,até me presentiou com um pouquinho de brilho.

Mas ele evaporou,nunca mais voltou.

Fui andando,no pasto da colina,caí rolando

Parei na cerca de colisão do astros,

Eles que por sinal estavam em conspiração.

Mas ali não era o meu lugar,decidi perder o medo de voar.

Subi no pico mais alto,da cordilheira mais alta,e pulei,

Confesso,tive medo,mas sentir aquele vento de liberdade

Me encantou a alma,me encheu de entusiasmo.

Caí,nessa queda quebrei a cara,mas não perdi a vontade de voar.

Tentei de novo sem medo,já que agora nada tinha a perder,

E consegui chegar a Lua,nela sentei um pouquinho,e sem

Querer,consegui ver uma bola cinza.

Não entendi o sentido de ter uma bola cinza no universo.

E de repente um estralo de luz e aparece meu amigo duende,

E ele me faz a seguinte pergunta:

-Sabes o que és aquilo cinza?

Óbvio que falei que não sabia,e então me respondeu

O que ele mesmo me perguntou:

-És aquilo que conhecias como bola azul!

Então descobri que nada mais importava.

Ligia Albarracin
Enviado por Ligia Albarracin em 19/05/2008
Reeditado em 08/06/2008
Código do texto: T996265
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