IMAGINAR É VIVER

Cair de tarde

Sol poente

Momento de prece!

Um círculo de fogo

Num céu em labaredas

Que se finda num matiz azulado

Para pintar a noite

Prenuncio de inverno

Andorinhas pousam os fios elétricos

Meu coração bate forte

Um arrepio toma conta de meu corpo

Lembranças... Doces lembranças

Outrora...

Nos campos cortavam o arvoredo,

Em bandos voavam alto.

Formando no céu imagináveis desenhos

Meu cavalo galopava suavemente

Sobre campina verdejante

Sentia-me como aquela ave voando

Pelo céu.

A simetria que o momento permitia

Era um serpentear no chão e no espaço

Meu pensamento voa.

Vai para bem longe

A distância já não existe mais.

Sinto a brisa fria no meu rosto

E meu cabelo correr ao vento.

Meu vestido esvoaçando

Voam como asas de borboletas

Olho seus olhos verdes

Que também olham os meus

Pego em suas mãos, que também pegam nas minhas.

Saímos galopando um ao lado do outro

Rumo à linha do horizonte

E vivemos juntos aquele pôr- do- sol

Angeluar
Enviado por Angeluar em 19/05/2008
Reeditado em 19/05/2008
Código do texto: T995522
Classificação de conteúdo: seguro