REGRESSO
Fecha-se a cortina
Do espetáculo da vida.
Os grandes olhos vívidos
Que outrora brilhavam,
Cerram lentamente
As enormes pestanas
Umedecidas pelas últimas lágrimas.
Vem a nebulosidade ofuscante...
O frio das manhãs de inverno...
O negrume das noites sem luar.
Vem a solidão sepulcral...
Eterna companheira do silêncio.
Ah! Liberdade...
Finalmente, o fardo do corpo
Já não existe;
Apenas, uma forma fluídica
Levitando cadenciada.