Os poetas vagam ( poesias, poemas, contos agrupados)

Os poetas vagam

Os poetas vagam, nos pensamentos, nas vidas, e nas culturas populares, procuram entrar e sair nas vidas das pessoas deixando sempre umas promessas de saudades.

Eles estão no sol, matas, planícies, nas noites, mares, ares, em fim, todo lugar.

Eles dão as essências, curiosidades e fazem sonhar com o que não se tem, a procura de satisfazer a alma de alguém.

Carlos Donizeti de Oliveira é casado com Malvina Soares de Oliveira, filho de José Machado e Maria de Lourdes de Oliveira ganha o sustento como Funcionário Publico.

É também universitário e sempre foi amante dos poemas e poesias. No inicio foi muito difícil, pois escrever e depois editar era longe e caro, hoje com a tecnologia informática tudo ficou mais fácil.

Talvez educar...

Não seja apenas um ato existencial de amor

Essa troca de olhar...

Pois para os tecnocratas de hoje

O que buscam, é a soma de resultados

Talvez não o seja...

É necessário que os educadores, não durmam sob suas verdades absolutas e estejam sempre em busca

De novos conhecimentos

Que Deus lhe abençoe em todos os caminhos 21/12/2004

Um grande abraço

Sua amiga Sirlei, diretora da escola CAIC.

Ao amigo Carlos Donizeti

Parabéns pela coragem e força de vontade...

Que Deus continue te iluminando e dando-te força, para que não desista de seus objetivos.

Um grande abraço.

Weiner C. Arruda 13/12/2005

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A porta (A mulher)

Escolherei uma porta firme

a qual confiarei todo o meu amor

será feita d'água que jorra

para lavar todo ciúme e a dor

Escolherei uma porta estreita

feita de amor e sinceridade

para quebrar o pranto

e a falta de felicidade

Escolherei uma com cheiro da flor

com o doce do mel

para adoçar o teu corpo

com pétalas de rosas e mel

Escolherei uma porta quente e

com calor farei fogo ardente

para te envolver-te em meus braços

beijar tua boca serenamente

A razão

Estou nervoso, ando nervoso.

Se para alguns é luxo, para mim me dá consistência, tira-me a morosidade.

Começo a compreender a necessidade da reação contrária a calma e tranqüilidade.

Não levantarei poeira, não gritarei ou usarei de violência física ou intelectual.

Mas passarei de um simples mortal a ter vida eterna, sim viverei para sempre.

A cada 60 minutos tu me verás, no rosto de teu pai, de tua mãe, no rosto de teus

professores, advogados, promotores, policiais, tu me verás e irá me reconhecer.

Comecei a fazer parte da sua vida, sem que você quisesse ou me escolhesse.

Se foras sábios, tu me procura e fazes as pazes comigo, senão, não existira lugar para esconderes de mim.

Vai sofrer penar, ser empurrado para trás, se esqueceres de mim.

A realidade

Assim como a mão bate o pilão quebra o milho,

O fogo esquenta a água, o sol abre a rosa

as lagrimas descem o rosto.

Como a água desce a montanha.

Corre por caminhos tortuosos.

Corro eu em busca de mim

buscando sua presença.

Reconheço que preciso ficar perto de ti

ouvindo as batidas do teu coração.

Sentindo sua voz e...

Revivendo momento passados.

Como um cão fiel ao seu dono,

um pombo que retorna.

Onde as ondas quebram na praia

E voltam mansinhas pro mar.

Afasta-te de nós

Neste momento, lá na mansão dos ricos

Desfrutam do banquete entre amigos

Carne assada, champagne e vinhos caros

Os seus filhos se aquecem do frio

Alegremente ao redor da lareira

No banco o dinheiro multiplica sem esforços

Objetos novos são comprados diariamente

Roupas de marca são compradas em butiques caras

Crianças brincam com brinquedos novos

E eles dizem a Deus: - Afasta-te de nós

Lá no casebre do pobre, neste momento

Ele esta sobre a luz de vela, ele a mulher e os filhos

Olhando suas mãos calejadas, seus filhos subnutridos

Ele espera o dia amanhecer, para ir trabalhar.

Na lavoura, a chuva arruína sua plantação

O lobo devora as suas ovelhas no dente

O banco executa suas duplicatas

E o pobre diz: -Que não falte nada.

Amargas recordações

Não volte a sua terra natal, para não sofrer duas vezes.

O ribeiro onde te banhava já o poluíram, lavouras de café, tomates, milhos, e grandes plantações de laranjas já não existem mais, no lugar conjuntos habitacionais, mesclados numa estrutura econômica.

Seus ex-colegas de infância casaram-se, e já estão velhos, esperando aposentadoria.

Suas namoradas de infância casaram-se outras mudaram, estão cheias de rugas e não te conhecem mais.

O esquecimento não trará recordações da sua partida, quanto mais na tua chegada.

Como não marcaste o dia da tua partida, somente haverá latidos de cães, se um dia voltares.

O tempo amarela o papel nos registros da vida se um dia voltares, não haverá bandas, hinos, diplomação, ao menos, que as compre, porque partiste de madrugada.

Se quiser ver teu passado vá embaixo da mangueira. Lá encontrara, o velho carro de boi, arado, enxadas, limas, os que não estiverem quebrados estão corroídos pelo tempo.

Quem te esperava e te educava, calou-se para sempre.

Lembranças de agora em diante só existirão na criação da tua imaginação.

Se quiseres ver o teu futuro vá ao cemitério que ele está como sempre foi, te esperando.

Para sua ultima visita.

“AO ALTISSIMO”

Tu, ainda ès mistério para mim.

Nas altas horas da madrugada

Sinto tua presença invadir o meu ser.

Tu, ainda ès mistério para mim.

Quando estou atribulado

Em meio as alta tempestade.

Sinto tuas potentes mãos a guiar -me.

Teu espírito passear no meu coração.

Tu ainda ès mistério para mim

Em meio a lamaçal de tristeza.

Sinto perfume de uma flor.

Nas horas amargas, solidão...

Tua presença sempre constante

Tu ainda ès, mistério para mim

Quando choro, Tu me amparas

Quando as coisas estão perdidas

Tu fazes renascer em mim

O desejo da tua presença

Mesmo assim, Tu ainda ès mistério para mim.

Assim serei...

Quieto, sereno, abstrato,

sempre serei...

Calado, alado, vivente,

sempre serei...

Tímido, sincero, verdadeiro,

sempre serei...

Sentimental, esperançoso, dedicado,

sempre serei...

Atencioso, educado, amoroso,

sempre serei...

Mesmo que o mundo me pague com a dor

não me contaminarei

coração sem ódio, egoísmo

assim serei...

Ainda que a vida me negue o amor

darei o meu amor

assim farei...

Mesmo que você zombe de mim

não mudarei, porque,

fui feito assim,

e assim serei...

Carne e ossos não suportarão

Amanha serei eu mesmo

Arrebentarei estas correntes

Ascenderão sete vezes o fogo

E passarei no meio das brasas

Passarei e retornarei

Não me verão assim sucederá

Tudo que minha caneta escrever

Você testemunhará, acontecerá

Amanha quebrarei o encanto da noite

Ordenarei o frio e orvalho

Pois o dia não amanhecerá

Enquanto eu, não determinar

Andarei por cima do mar

Farei a tempestade parar

Porque sei, que não serei mais fraco

carne e ossos não me suportarão

Viverá um novo espírito

Sem fome e sem dor

Frio, sede ou calor

Morrerá um coitado

Um poeta sem valor

Farei alguém lembrar de você

E também esquecer

Amar, odiar, esperar

Devotar, e querer amar

Serei um poeta sem medo

De você e mais ninguém

Minhas letras serão o cajado

a espada, e a balança do além

Choros chorem, chorarás

Ainda vejo tuas roupas jogadas pela casa

Sinto teu perfume, necessito tua presença

Ouço as nossas musicas

Ai eu choro, chores, chorarás

Olho teu retrato na parede

Já não posso esconder mais está paixão

O descontrole já tomou conta de mim

Ai eu choro, chores, chorarás

Deito na cama feita para o nosso amor

A cama me maltrata, me - expulsa

Onde estás porque me deixaste

Ai eu choro, chores, chorarás

Não sou mais homem

Sou a vergonha dos outros

Pego pelo amor

Deixado sem valor

Ai eu choro, chores, chorarás

Conto poético relatando um acontecimento do passado

De volta ao passado

As paredes estavam mofas, pequenas plantas tentavam fixar-se ás beiras das velhas calçadas, partes das telhas já tinham caído à beira da porta. O fogão estava desmantelado, maltratado pelo tempo. Os portais estavam soltos, e não tinham mais as portas. Havia no chão pequenas moedas níquel sem valor, no quarto atrás da janela pedaços de madeiras já se corroia com o tempo. A vida selvagem já estava incorporada no ambiente.

Na saída da porta da sala, na frente da varanda, alguns metros adiante, ali ainda permanece a grande paineira. Logo na saída cozinha o relevo é declinado acentuando-se gradativamente onde nasce uma pequena mina dágua que vai até o velho riacho. Uma velha cisterna, ainda existe, tampada com alguns pedaços de madeira.

Na mangueira uma enxada velha sem cabo enfiada num dos galhos, Onde era o curral só existem restos de velhas lembranças. Quanto tempo perdido ali, para nada.

Talvez as coisas tivessem ou pudessem ter sido diferentes. O tempo nos venceu.

Tragou-nos a voz, despiu-os, de nós mesmos, mas ainda a velha casa retrata de um passado que agora não significa mais nada.

Falam que tudo tem um significado, mas agora, só resta o clamor do vento dando sons, e fazendo ruir aos poucos a velha estrutura de alvenaria.

Dizem que os sons das pessoas que moraram ali permanecem, uma coisa eu sei:

Quando tudo se quieta, os ecos ecoam mais fortes. Embora eles possam reproduzir somente o momento.

Coração solitário

No suspirar da tarde

quando os pássaros agasalham-se

nas frondosas arvores.

O sol vai recuando lentamente no horizonte

visto-me de agonia e esperança.

Quando a lua vem chegando lentamente ·junta vem o calor e a inquietude febril

levado por uma emoção freqüente

tudo que aconteceu, vem a minha mente.

Vivo a existência de um passado distante

atado na ilusão de reaver a minha felicidade.

Para não padecer no paraíso,

minto e espero um só momento

que a ilusão se transforme em realidade.

Olho a janela, através a estrada

ainda prevalece à solidão frenética

A busca de algo ou alguma coisa,

que possa trazer-te de volta.

Retorno em mim, ninguém na estrada

só solidão frenética, insistindo em ficar

machucando, fazendo sofrer e

magoando este coração solitário

Deliciosos sorvetes (crônica)

No dia 23 de agosto sai da faculdade exatamente as 21h00min horas, pois neste dia devido à falta de professores fomos embora mais cedo. A distancia da faculdade até minha casa é aproximadamente 2 kilometros, o que dá uma boa caminhada. No percurso passo diariamente em frente a uma sorveteria, a Cremata, já tinha ouvido que a qualidade do sorvete servido ali era de excelente qualidade. Porém nuca tive um tempo para entrar e provar os deliciosos sorvetes. Aquela era a hora, e resolvi entrar e saborear os deliciosos sorvetes servidos ali.

Estava bem vestido, calça social cor preta, camisa social marrom clara, sapato social preto e muito bem engraxado. Gosto de andar com os cabelos cortados e bem penteados, unhas cortadas e com uma leve base, enfim sou critico na higiene pessoal. Também me considero um homem amparado pela cultura, pois escolho as melhores palavras para falar.

Encontrava-me bem em frente, não hesitei ao entrar, pois tinha certeza que seria muito bem atendido naquela sorveteria. Analisei numa vista bem rápida uma mesa num canto,

O desejo escondido de tomar sorvete tomou o meu ser quando que automaticamente já estava com o cardápio na mão. Senti que estava sendo observado pelas pessoas dali, modestamente sou um homem de chamar atenção apos alguns instantes me levantei e fui até o balcão, pois ali, tudo é sel-service. Servi-me com sorvete desejado e me dirigi-me até mesa, naquele instante eu estava mesmo era aproveitando o tempo saboreando aquele delicioso sorvete.

Porém, quando de repente entra pela porta adentro um homem com aparência suspeita.

Logo percebi a preocupação do dono do estabelecimento. O individuo olhou-me dirijiu-se até mesa que eu ocupava e sentou-se e procurou conversa comigo respondi algumas felás. Mas neste ínterim percebi que não se tratava de um mendigo e sim um homem altamente alcoolizado notei nele alguns traços de vida familiar.

Esforcei-me para não ser mal educado, e ele entendeu, levantou-se e se retirou ocupando outra mesa. Depois de alguns instantes dirigiu-se a porta retirando-se.

Logo em seguida o dono da sorveteria pediu-me desculpa, dizendo que: - Tem gente que não se toca. Não confirmei, pois tenho muito controle na língua, procurei aproveitar o bom daquele momento.

Depois das eleições

Quando a poeira abaixar,

quando as bocas se calarem,

quando as contas forem somadas,

quando o trem partir,

quando esfriarem os discursos,

quando esquecerem os comícios,

quando o povo voltar pra casa,

quando o dia amanhecer,

quando fecharem os livros,

quando varrem o chão,

quando fecharem as portas,

quando queimarem os papéis,

quando ninguém desconfiar de nada,

na calada da noite,

quando as corujas dormirem,

quando ais farão novas contas,

quando ai inventará a justiça,

só ai verá as flores jogadas no chão,

só ai cairá na realidade,

só aí olhará para dentro de vós mesmos,

Só aí entenderás que estamos sozinhos.

Dobre os joelhos

Na noite longa e fria

Que o sol demora a nascer

Sentes dores no corpo e calafrios

Esperando pelo amanhecer

Eles são de noites trocadas

a catar pitucas de cigarros

Remexer latas de lixo pelas calçadas

Para a fome saciar antes de o dia amanhecer

Cabelos longos e despenteados

Barbas por fazer, unhas por cortar.

Lá vão todos eles serpenteando

Que se uniram para opositor

Bocas insanas, olhos adúlteros.

Maldiçoes para eles são pouco

Esperando pelo que, não se esforçam para alcançar

Vão tropeçando nos pés e apalpando a escuridão

Desistiram de lutar e viver decentemente

Procuram a morte como castigo

E ela não vem como recompensa

Essas mulheres

Entre todas as mulheres

têm algumas que são homens.

Estão escondidas pelo preconceito,

com medo de ser mãe e amar.

Entre todas essas mulheres,

Têm algumas que sofre,

esperando ser valorizada,

e amada pelo companheiro.

Entre todos os homens

Alguns são mulheres.

E têm alguns que nunca conheceram o amor,

Somente o sofrimento e a dor.

Entre todos os homens

Têm alguns que estão perdidos,

na beira da estrada.

Precisando de uma mulher para amar

Eu existo

Estou aqui,

Não fui convidado,

Estou em separado,

Vestido pra festa,

E não fui notado.

Estou aqui

Não entendi a mensagem,

Ninguém olha pra mim.

A pedra está colocada

No alto da montanha.

Estou aqui

Ninguém ouve minha voz,

Não posso chorar,

Não vai adiantar,

Só vai piorar

A minha

Situação.

Estou parado,

Julgado,

Precisando.

A pedra está no fundo mar.

E eu, estou aqui.

Eu, mando aqui

Aqui, quem manda sou eu, a maquina

Tenho muitos parafusos, fitas,

Sou protegida em ferro e aço fundido,

Tenho prendido a mim muitos

Homens, mulheres e algumas crianças

São todos meus escravos

da obrigação, todos levantam muito cedo

Passam muitas horas ao meu lado

Devem-me proteger zelar de mim

Alguns esquecem das famílias por mim

Outros abandonam tudo e

Passam à vida toda ao meu lado

Vim pra ficar, e já domino

Nos bancos, transito, até faço gente dormir

Não vou nem falar

Você vai ver e depender de mim

Falta somente um passo...

No silencio reina a imaginação

Sem sonoridade os ecos ecoam

E as luzes se apagam

As risadas são sombrias

Quando isso acontece

Toda a água se esvai

Secando e esterilizando

No reino a confusão

Estereótipos e esclerosados

Mentes vazias e sem repouso

Procuram à justificação

Eles são de mentes dilaceradas

Encontraram sem saber a obsessão

Acreditando que eram boas

Mas, é o retrato de toda solidão

O normal parece a loucura

Nas paredes são espelhos negros

A sala está vazia

As palavras são vagas

E não a quem as escute

A mancha

No ardor da rosa que desabrocha

vigiada pelo instinto maternal.

Sentindo a vida a passos

querendo a ar do sol.

Escondendo o vermelho da luz

para não sofrer a dor do amor.

Amputando a vida do romantismo

querendo o ar da vida.

O vermelho do esperado

quebrando a sigilo da morte.

Trazendo a revelação, o castigo

sufocando com medo a vida.

O sangue que escorre seca

a vida renasce em esperança.

O pesadelo acaba em choro

o pudor esvai e nasce o amor.

Flor do esterco

Flor que brota no esterco

E irradia seu perfume inebriante

Procurando alguma presa fácil

Que meus olhos afastem de ti

Flor que vaga igual a vaga-lume

Com um destino ou propósito de mal fazer

Com copos doces de aguardentes

Esqueça-me não te lembres de mim

Flor perfumada de desejos em

Luzes vermelhas, onde os mortos

Satisfazem suas viris necessidades

Já estão apagados os

meus passos esqueça-me

Podridão, cavernas, cheiro fermentado

Boca vermelha de sangue, variantes,

Vermes dançantes, vida curtas,

Ferramentas meladas de sangue,

Pra isso estou morto.

Fogão de lenha e pilão

Nasci no tempo que honra tinha valor. Meu avô tinha o apelido de Vuque ou Zé Vuque, como gostava de ser chamado.

Era carreiro, na região de Tanábi, e meu pai enquanto meu avô guiava o carro de boi ia jogando água nos eixos para o atrito não queimar.

O sonho de meu pai quando menino era ser carreiro, e meu avô dizia que ele deveria aprender a ler e escrever. Quando cresceu tornou-se lavrador e domador de cavalos.

Lembro-me de quando meu pai arava o campo e eu ia montado no animal.

Morávamos numa casa de taipa da fazenda onde meu pai tocava roça de ameia.

Ao lado da porta da cozinha da cozinha tinha uma grande paineira onde as cigarras cantavam adivinhando chuvas.

Fogão de lenha do qual muitas vezes eu subia em cima para me aquecer. E pendurado em cima lingüiças e toucinho para defumar e enfiadas nos vãos das telhas grandes quantidades de rapaduras.

À esquerda os pés de jacá e a direita os de tamaris o poço e o bambuzal.

Tínhamos muitas galinhas e porcos e alguns cachorros de caça, e também uma espingarda de cartucheira.

Quase sempre eu via minha mãe fazer pão, pé de moleque e pamonha.

Na frente da casa um grande cafezal, e nos fundos uma pequena plantação de feijão, pouco mais no fundo da casa corria um pequeno riacho onde tinha lambaris e camarão.

Meu pai adquiriu o mesmo apelido de meu avô Vuque. Vagamente passo horas remoendo detalhes de minha infância, lembrando do dia em que bebi querosene, pensando que fosse guaraná, o dia que uma cobra cascavel entrou no meu quarto, enquanto eu dormia.

Meu mundo se limitava dentro de uma pequena área coberta pelos olhos paternos.

Mamãe sempre cuidou muito bem da casa, naquele tempo lavava as roupas e depois as quarava para que ficassem branquinhas, depois as engomava com ferro de passar em brasas, o café era plantado por nós mesmos, torrado, moído e adoçado com rapadura e o arroz era feito com banha.

Gostava eu, quando criança de beber leite numa caneca de alumínio e sentado ao sol.

Certo dia o dono da fazenda chamou papai disse-lhe que não haveria mais trabalho na fazenda.

Papai disse a minha mãe, eu ouvi e entristeci.

Não demorou muito para mudarmos para São Paulo.

Furacão

Na falta de movimentos

quietude, fria ou quente.

De repente, fluem mudanças

tornando vida serenamente.

Começa tudo a flutuar desordenadamente

numa sinfonia desconhecida.

Rodopiando sem direção

dançando angelical destruição.

Aumentando gradativamente incontrolável.

Vai levando telhados

destruindo casas e fabricas

arruinando lavouras e vidas.

Depois começa a diluir-se enfraquecer

calando, volta a dançar.

Sem significado volta a ser uma

folha jogada ao vento.

Isto é o que me faz viver

A força que me faz viver,

É essa coisa bruta,

Sem explicação,

Enraizada numa opinião,

Que quando amanhece,

Logo vem o anoitecer,

Ela não se abafa ou cala,

É coisa absurda,

Que nasce de dentro e explode,

Aflorando o meu viver,

É salgada como a água do mar,

É quente como o sol do meio dia,

É cheio de substancia que

Não se compra ou acha,

Este é o espetáculo sem retrocesso,

No qual estou firmado,

É indomável, não retilínea,

Não serviciente, mas racional,

É feito de convicções,

Paradelos de esperanças,

É mudança de contexto,

Que confunde os poderosos,

Reputo a riqueza a pó e nada,

Riem de mim sou louco...

Metade de mim

Metade de mim está aqui

A outra não sei

Uma metade quer, outra rejeita

Uma fala, outra cala

A primeira fica a outra vai

Uma é branca, outra negra

Está quer ficar, aquela ir

Metade aceita, metade não

meio faz bem a outra mal

Metade está no céu

A outra fixa na terra

Só assim, posso ser eu mesmo

apenas assim, eu tenho minha liberdade

Na minha vida, com os meus erros

Sendo assim, talvez eu encontre

A metade que juntando com a minha

Possa errar comigo, acreditando em mim.

Na lápide

No passo rápido

na lápide.

A escritura é incerta

o tempo passou.

Na escuridão da noite

nos becos escuros.

Gritos calados a

escravidão é certa.

Querendo a vida

tão reprimida e

não vendo a luz,

sentindo os gestos

maculados do destino.

O claro é escuro

o escuro é obsceno.

O obsceno é claro

no final de tudo.

Nada mais a falar

Sei que, nada mais

Que eu o diga...

No momento, vai mudar

Está situação

Andei demais,

Perdi noites de sono

No entanto faltou paixão...

Sei também que agora que quando a festa acaba,

E todos voltam aos seus lares

Começo eu a ver claramente

Eu, no silencio...

Começo a juntar os cacos,

Talvez, alguém comigo,

Que sinta a minha dor

Não muito distante,

Possa me compreender.

Não sou poeta

Não sou poeta,

Nem escritor, sou apenas

Um curioso,

Das vidas,

E dos amores, destruídos

Não escrevo para os outros

Escrevo para mim,

Procurando encontrar

Outra metade afim

Não escrevo para os intelectuais,

Políticos, ou generais,

Mas, para os errantes e

Enlouquecidos iludidos do amor

Encontrei nas letras

O fogo e o aço

Com fogo se o derrete o aço

Com as letras

Derreti muitos corações

O momento

Nos momentos de inquietude

nós servíamos do trabalho e acreditávamos

que chegariam dias melhores.

Porém, hoje quando as horas são mais calmas.

Resta-nos saber o que fazer,

Com o que sobrou.

O numero chamado está ocupado, tente mais tarde.

Estou-lhe escrevendo está carta para lhe dizer que tudo entre nós acabou.

Com o passar de tempo nosso amor foi se perdendo talvez nas pequenas coisas, e com isso não posso continuar, pois estaria sendo injusta com você.

Nada mais agora vai adiantar

Neste silenciar só lagrimas, eu posso suportar

Envolvido nesta escuridão que retrata

A minha tristeza,

Esperando o telefone tocar

Os momentos juntos que vivemos não foram suficientes para suportar tantos desencontros. Não derrame nenhuma lagrima por mim, não mereço.

Sei que neste momento ele toca

Mas no silencio ninguém o atende

Eu de um lado e você do outro

Vivendo este dilema de amor

Tendo o telefone por testemunha

Desculpe-me por ser tão franca, pois talvez você não tenha notado algo diferente.

Eu vou estudar, viajar, que sabe arrumar um emprego, procurar refazer minha vida.

Sei que preciso dar um tempo, refletir melhor sobre o que ouve entre nós dois.

Ele toca que parece padecer de dor

Chama no silencio, presencio teu sofrer

Sofremos juntos, a cada toque

Esperando uma resposta a seu querer

Meu celular mudei o numero, o fixo aguardo outro numero.

Por favor, tente compreender, procure você também se recuperar do tempo perdido, estudando, não sei. Talvez você, quem sabe possa encontrar alguém que mereça o seu amor.

Toque, telefone afogador de magoa,

Toque, tente reviver este homem

Abandonado, esquecido por amor

Perdido a mercê da dor.

O que eu faço aqui?

Onde estou?

Não sei pra onde vou

Vejo na minha frente

Um monte de gente

Procurando ver algo

No espelho projetado

Existente a face oculta

No sonho e na ilusão

Preciso quebrar o espelho

Para enxergar a realidade

Porque o que está refletindo

Está longe de ser verdade

Não sei se vai ser bom, ou ruim,

Se é o começo ou o fim

Prefiro estar sozinho

A viver com gente ruim

O relógio ainda bate

Na parede ainda ouço as batidas

Numa musica sem fim

Seu dono já está longe

E o relógio continua

Fiel até no fim

O relógio marcava o tempo

De uma vida de trabalho ruim

Distante dos pais e parentes,

Trabalhando dias e noites

E por fim, terminar assim

O dinheiro ainda está no banco,

A vida já pertence ao além

Se fizer a mesma coisa,

Esquecendo de viver a vida

Seu fim será assim também

No começo

Depois de tamanhas andanças,

perdidas, na busca de um sonho.

Uma coisa eu não sabia

só a lua me acompanhava

e tinha o sereno como cobertor.

Na juventude, mal entendia eu,

que o meu opositor era o tempo.

No inicio dava-me oportunidades

e aguardava friamente minha velhice.

Companheiro falso, amigo dos dias tenebrosos,

que me esperou pacientemente.

Enquanto eu me iludia, cego

por uma vida de ilusão

tramava a minha solidão.

Amigo falso cobria-me de zelo,

vaidade prepotência e hoje me desprezas, obriga-me

a recomeçar novamente.

Pagar-te-ei vendo te passar

fazer e desfazer é tua sina.

Enquanto tu cumpre o teu destino que também será a

extinção.

O trem foi feito para separar

Quando o trem partir,

minha vida vai mudar,

jogarei a aliança fora,

jogarei o cachecol pela janela.

Quando o trem partir,

do lenço branco me esquecerei,

das horas perdidas não me lembrarei mais,

nem das juras mentirosas.

Quando o trem m partir,

cada monte me saudara,

me ajudara.

Quando o trem partir,

Será assim a minha vida,

vivida,

dedicada a mim,

Será assim...

Quando o trem partir

Levarei comigo somente o violão

companheiro da solidão

esse eu não abro mão.

Quando o trem partir

Teus beijos falsos ficarão daquele outro

Estarei à procura de um novo amor.

Quando o trem partir

Onde estás?

Vivo a sua espera, numa

Sinfonia de amor

Nestas linhas rabiscadas traçarei

A minha dor...

Vendo meu romance desfeito

Por uma melodia sem valor

Sabendo que estas longe de mim

Sofrendo a mesma dor...

De estar em outros braços

E eu aqui, sofrendo de amor

Partes de mim

Letras morta para as quais eu

procuro dar vida.

Ressuscitando o passado

que é tão presente.

Letras vadias que eu

Procuro falar, mas não escutam

que o presente está no passado.

Letras escravas da minha caneta,

Que as ferem com estalo de chicote.

Depois apaziguo, pondero-as e as torno

suave e doce.

Hiraquezinho

Está canção fala de amor

Ouço vozes angelicais

Entoando uma linda canção

Predizendo uma felicidade

Que embora não exista

Elas estão de barrigas vazias

Mas não estão tristes

Não tomaram seu café da manhã

E cantam pedindo amor

Pedindo paz universal

Não tem idéia do que é isso

Não tem maldade, não tem escola

Tem apenas uma esperança

Reconstruir sua pátria

E pedem amor somente amor

Seus pais foram mortos na guerra

Suas irmãs violentadas

Seus corpos estão cheios de cicatrizes

Querem sua compreensão

Sua Pátria foi vendida e saqueada

Sua bandeira queimada

Suas casas destruídas

Suas coisas belas estão no chão

Eles pedem razão para viver.

Reconhecimento

Eu menti

Descaradamente,

Depois chorei sem razão,

Prometi,

Traí,

Jurei,

Quebrei as juras,

Fui embora,

Pedi pra voltar,

Joguei as alianças fora,

Tive outras na rua,

E ainda me queres

Esperando-me

Fiel,

Limpa,

Santa,

Não quebrastes as juras

Tiraste-me do relento

Para não morrer de frio

Deste-me remédio

Es mulher de verdade

Pedacim de pãozim

Cabecim de mininim

Tomando chuva no calçadim

Esperando um pratim

Restim de comidim

Pezim de mininim

Esticado no calçadim

Esperando um calçadim

Para proteger seu pezim

Maozim de mininim

Sujim sem tomar banhim

Esperando um caraçãozim

Afetim, amorzim e colim.

S. Paulo terra amada

Vou fazer um poeminha,

Bem simplizinho,

Feito de arroz e farinha.

Com destino a São Paulo

Pela Anhanguera vamos indo

comer feijoada e virado a paulista

Terra rica e afortunada

Quero pão com marmelada

Já no caminho vou sorrindo

Volto a ti terra amada

Para rever o que deixei

Amigos, amizades, sonhos.

Quero patê com pãozinho

Sai de ti abençoado

Tendo meu sonho já conquistado.

Terra grata. Melancia, churrasquinhos.

Está cidade esconde algo

Dentro de uma caixa encantada

Historia e gratidão tendo um grande coração.

Museu do Ipiranga.

De-me café com torradas.

Seguir-te-ei

Seguir-te-ei, onde fores,

sentido o teu perfume numa flor,

Teu calor, precisando de vida.

Necessitando do teu amor.

Seguir-te-ei atento,

mesmo altas horas da madrugada

quando a minha voz clama tua providencia.

Para não me desligar de ti,

Teus passos, ensinamentos e

Teu amor.

Seguirei a tua luz

como dia precede a noite,

Mesmo que, de momento

Minha ignorância

Tente negar-te.

Insistirei buscando tua presença,

Jesus.

Seguir-te-ei

mesmo que eu esteja sujo.

Sei que tu me limpas, doente,

Tu curas as minhas feridas.

Chame de filho

Amparas-me nos braços e

Dá-me o teu amor.

Sem data para ser eterno

Daqui a pouco, quando a

Paixão...

Rebentar em pétalas de rosas

Transformando numa fina

Neblina...

De orvalho

Sei que não vou resistir a este

Orgulho e quebrar a cadência

Ai vai germinar...

Desconhecerei a mim mesmo,

Enlouquecendo ao ver novos olhos d’água.

Ai tornarei a pulsar

Fluindo como ouro escorrendo

E fazendo novas veias...

Ai vai doer...

Tornarei escândalo aos puristas

Não quero ser resgatado desse devaneio

Vivendo de forma primitiva e real

Sim,

Quando escoar todo o orgulho

Viverá uma nova criatura.

Só quero uma passagem de avião

Você não vai fazer da minha vida

mais o que você quiser.

Não vou fazer da minha dor

poesias de amor.

Não farei amor ou falarei de

destino e flores.

Eu só quero é sair daqui.

Tenta prender-me com poucas coisas

não vou rimar, falar de beijos, sedução.

Não quero mais seu amor

eu só quero é sair daqui.

Não quero mais explicações,

juras, promessas, ensinamentos.

Só eu, junto a mim, só a mim

só quero é sair daqui.

Só quero é uma passagem de avião,

Só uma passagem de avião,

Só quero é uma passagem de avião,

Só uma passagem de avião.

Só uma passagem de avião.

Só se for assim...

Não te quero o lua

Que instiga os poetas

Que só rodeia a terra

Sem nunca atingi-la

Não te quero o mar

Tratar-te-ei com desprezo

Que chega à areia e morre

Recuando timidamente

Quero-te o sol, que queimas

E devora está solidão

Trazendo de um passado distante

Amor poesia e perdição.

Ter você

Vivo num mundo de sonhos

encantado numa vida de poesias,

Tendo a lua como mestre,

E as letras como guia. Carlos Donizeti

Letra, estas que expressam

toda a minha alegria por estar ao teu lado

acompanhando teus passos todo dia. Vânia

Você se tornou meu norte.

Meu sul e todos os pontos cardeais.

O barco da minha vida vagava em meio ao oceano

Achou seu caís, seu porto seguro.

Eu sou o girassol você é meu sol

Iluminando minha estrada guiando minha vida.

Ter seu amor no meu peito é

Ter- na- mente, eternamente, eternamente, você. Juliane

Será assim..

Amanha será um novo dia,

O sol irá nascer com mais brilho,

Irradiando mais luz,

Amanha cada um de nós

Será um guerreiro pronto para a batalha,

E cada um de nós valerá por dez, contra nossos adversários

Amanha a espada fará parte de nossos braços

Porém, quando anoitecer,

Na hora de dividirmos os despojos,

Cada um de nós deverá empunhar a espada

Com sinal de bom combate e vitória.

Ventos e folhas

Já na infância sentia

esses ventos pujantes

correndo, para mais tarde parar

sob a luz se apagando.

Já na infância eu via

o sol atravessando a peneira.

As ondas quebrando na praia

a chuva no molhado

Porém quando amanheceu

sob prismas de sentimentos.

Passou tão rápido que nem vi

chegou o anoitecer em pedaços.

Hoje andando devagar

Sinto as brisas refrescantes.

Não levantando poeiras, mas, ofegantes.

Distribuindo o néctar perfumado da vida.

Vida triste da Gislene (inicio)

Gislene, nasceu no estado do Recife e ao completar 15 anos veio a convite, para S. Paulo, visitar seus tios Lourival e Lenilda que moravam em São Miguel Paulista.

Passados alguns meses Lourival do e sua esposa Lenilda conversaram com Gislene sobre a possibilidade de ela ficar morando com eles algum tempo. Ela concordou, e eles escreveram para os pais dela pedindo consentimento para que ela ficasse. Passados alguns dias a carta chega confirmando que ela poderia ficar, contanto que não parasse de estudar.

Na casa de Lourival e Lenida sempre tinham visitas, e foi numa destas visitas que ela conheceu Cleitom sobrinho de Lenilda.

Começaram um namorico, ela inocentemente não sabia nada sobre o amor.

Cleitom rapaz um ano mais velho que Gislene também nunca tinha namorado.

Aos domingos sempre a casa de Lourival do vinha os seus primos, eles começaram a mangar de Cleitom, dizendo que ele estava preparando Gislene para outro rapaz, ou seja, amolecendo a carne. E tanto mangaram que Cleitom começou a olhar Gislene com outras intenções. Movido pelo machismo Cleitom influenciado pelos primos de Lenilda achavam que Cleitom devia possuir Gislene a qualquer custo.

Foi assim: Ele pediu a ela como prova de amor, que seria o primeiro, porém ela lhe disse que ainda não estava preparada.

O tempo foi passando e a cobrança por parte dos primos de Lenilda, que exigiam que Cleitom provasse sua virilidade fazendo sexo com Gislene crescia.

Num dia Lourival e Lenilda foram fazer compras, e ficou na casa somente Gislene e Cleitom.

Foi quando ela sem saber o que Cleitom tinha lhe preparado entregou-se aos seus abraços e beijos ardentemente, porém recusava a perder a virgindade antes do casamento.

Ainda sob efeitos da paixão Cleitom com uma faca de cozinha põe-lhe a faca no pescoço, tira-lhe as roupas e inicia o ato sexual desvirginado-a sobre a cama de Lenida.

Sujou o lençol com muito sangue e Cleitom após o ato violento e covarde de possuir uma mulher retira-se para contar a façanha para os primos de Lenilda.

Quando Lourival e Lenilda chegam, Gislene com medo contou o fato somente a Lenilda que tirou rapidamente o lençol e o lavou. Mais tarde contou ao marido que: Esperou pela decisão da mulher para tomar as providencias.

Ela confortou Gislene dizendo que vida de mulher é mesmo assim, e mais cedo ou tarde isso iria acontecer.

Gislene fica uns dias sem conversar com Cleitom como se tivessem acabado o namoro, depois influenciado pelos primos de Lenilda, Cleitom e Gislene reatam o namoro. Porém, dura pouco e ela decide terminantemente encerrar o namoro.

Passados alguns meses ela conhece Josivaldo e começam a namorar.

No mesmo dia ela começa a sentir sintomas de gravidez. Recorre a Lenilda que conta a Lourival que: Ele espera pela decisão da mulher. Lenilda aconselha a Gislene a fazer um aborto, ela resiste, mas pressionada acaba cedendo.

Elas vão à casa de uma velha senhora benzedeira que garante fazer o aborto a base de ervas e assim fizeram.

Gislene 16 anos, dois namorado, 1aborto, escolaridade 7º serie sem.

Este conto é ficção, os nomes foram criados, se passou ser a Historia da vida real de alguma pessoa. É mera coincidência.

Mulher amada

Quero,

Amar, embolar nos seus cabelos,

Viver, ter prazer, andar de mãos dadas com você

Quero renascer, aparecer, não perder o amor e sofrer

Completar-me só pra ti amar

Quero, querer ficar todo dia com você

De manha, durante o dia, e a noite

Ficar ao teu lado

Respirando a teu ar

Quero o encanto

Ti beijar, burilar, ascender de prazer

Mulher querida, a mim, só assim

Prazer sem fim

Deixe os outros olhar, invejar e praguejar

Eles não sabem o que é amar

Enquanto tudo isso acontece

Meu coração estará confortado

Vivendo ao teu lado

Êxtase da imaginação

Vamos voar juntos na imaginação,

Ser levados para novas margens,

Nesta noite cheia de fascínio,

Nós poderíamos no oceano do tempo,

Contar juntos as estrelas,

Ao som do lago, que reflete teus olhos,

Cheios de luz e alegria,

Onde me perderia em sua presença,

Improvisando renascer novos sonhos,

Quando o mar rugia, e quebrava nas rochas,

Trazia pétalas e botões brancos de rosas,

Jogadas pelo vento, aos teus pés adorando-te,

Ficava eu calado diante de tanta beleza,

Nestas orgias de feitio advêm as certezas,

De sonhar com a tua presença,

Já satisfaz este humilde coração,

Sonhando e esperado tornar-se realidade.

Lá no grotão

Lá no grotão, bem lá embaixo,

Perto do bambuzal, ao lado do pé de Romã

Onde nasceu nosso amor

E fizemos no tronco daquela arvore um coração

Escrevi o meu nome e o seu dentro de um coração

Para ficar na lembrança daqueles momentos

Que nunca poderiam ser esquecidos

Quantas juras, promessas de amor, tudo em vão

Ali terminava minha adolescência,

Porém, a arvore ainda está lá

O coração do mesmo modo

Você nos braços de outro

E, eu a procura de alguém

Comendador Carlos Donizeti
Enviado por Comendador Carlos Donizeti em 14/01/2006
Reeditado em 18/01/2006
Código do texto: T98904