PEQUENA CRÔNICA QUE FICOU CANÇÃO

 

Cenas de um mundo de flores, entre paz e cores, chegam nos meus sonhos que, do efêmero, levam-me ao infinito.

Como partículas de amor, se multiplicam aos milhares e envolvem todo o universo.

Na rua deserta,  um pobre cão abandonado procura restos de comida entre sacolas coloridas.

O jardim continua florido, esperando o passeio que ainda não se deu.

O frio sorrateiro, qual lâmina fina, fatia as vontades de buscar outros cantos, animando o querer de se aquietar entre minhas janelas.

Dentro, um coração solitário faz renascer doces lembranças ajuntadas no calor do fogo da paixão, que um dia alimentaram o sonho.

E então,  a espera...

Fogo-fátuo de noites mal dormidas, perambula pelos corredores da mente, que reflete as indecisões, enquanto o tempo, oculto em silêncio, passa ligeiro levando a vida...

Quem dera o amor fosse canção em todos os cantos do mundo!

Quem dera a paz fosse compartilhada entre todos, em forma de bênção e de alegria!

Quem dera...

                                               Vinhedo, 13 de maio de 2008.