Um vômito a ser temperado
Como confiar na farda a qual o sangue foi limpa com papel moeda?
Suborno de idéias, suborno de migalhas, repressão por preconceito
O pão nosso de cada dia pagaria a fria mente decadente! Ah, a queda!
A quem temer em tempos de poder nas mãos erradas? Ah, o direito!
Certo! Somos livres para pensar! Mas não abra a boca, engula, pois, defeque o pensamento...
A queda inconstante e variável, incontestável amante da falta do direito trancado a sete chaves, cada chave em uma mão putrificada (qual delas a mais calada?)!
Restam os sonhos...
Os sonhos... Ah, os sonhos! Fabricados e enlatados, vendidos em shoppings ou bordéis legalizados pelos mesmos que não legalizam a cultura, a qual encobrem com lençóis de falácias vomitadas! E a quem morre de fome, vômito é caviar!
Pensando bem, ainda é possível sonhar nesta ditadura que finge voar (Poucos enchergam as linhas dos fantoches) como um pombo. Basta, então, enchergar, cortar e olhar no olho! Há gerações por vir e as esperanças depositadas lá são meramente um consolo para a falta de esperança/vontade/responsabilidade. Tudo bem, antes congelada a derretida.
Nada pior do que mentir pra si mesmo. Nada pior do que temer seu estado. Nada pior do que o abandono, a falta de sono que nos mantém ligados, olhos abertos, mas a farda, a queda, o direito, os sonhos, os shoppings e os bordéis, os vômitos, a fome, o pombo, o consolo e a esperança se fundem. Aí se cria a paz que não conheço. A paz que ostentam errôneamente, pois a paz não é um pombo branco, e sim o direito real do direito humano.
Não somos irmãos (escarremos na demagogia massista!), mas usando um pouco de massa cefálica com fim benéfico, poderíamos nos entender...
Indigestão é engolir sem mastigar!