SOLITÁRIA NOITE, MADRUGADA FRIA

SOLITÁRIA NOITE, MADRUGADA FRIA

solitária noite...

fria madrugada,

eu da janela observo as luzes da cidade

algumas pessoas que vão e vem descontrolada

um agasalho, uma tôca, um xale

a brisa de suave não tinha nada

o vento soprava forte e gélido

que fazia com que as bocas batiam os dentes...

trêmulas e desconcertadas...

no meio da noite as pessoas vão vem...

solitária noite...

fria madrugada,

ainda que seja em meus sonhos,

na mente um só pensamento...

sua imagem que não sai da lembrança

o vazio do quarto...

cruel é o silêncio,

enquanto as lágrimas vão se petrificando na face

e lá fora nem mesmo um riso atrevido

pessoas ocultas em seus lares...

debaixo dos cobertore, e mantas

um café, um chá, um chocolate bem quente...

enquanto os poetas fazem rimas e versos despretenciosos

descrevendo toda a angúsita e toda a dor da solidão latente

de tão soltárias noites...

de tão frias madrugadas.

e nas asas da minha imaginação,

de forma tão sem conhecimento,

vou valsando em palavras sem contexto e sem nexo

talvez tentando fugir deste tempo nergo

em que os dentes batem, o corpo fica trêmulos

da brisa gélida que acoita a pele

vou sofrendo a solidão deste meu quarto vazio

e na mente a imagem de quem esta distante

nos braços do destino, fora do meu alcance

vou assim brincando de ser escritor de poemas e versos

enquanto a cidade dorme

as horas vão passando lentamente

num ritmo estonteante...

enquanto lá fora...

solitária é a noite...

e muito fria mesmo é a madrugada!

JR POETA
Enviado por JR POETA em 03/05/2008
Código do texto: T973735