MEU INFERNO

Meu inferno sou eu mesmo;
e às vezes os outros;
quando meu céu esta despedaçado;
desço ao Hades e ouço os meus demônios;
que me encorajam a subir ao mundo;
e me pedem para eu me afastar dos meus anjos;
e me encorajam ao vil combate;
tenho receio de escutar os meus demônios;
e tomar atitudes das quais êxito;
quando estou em meio a círculos concêntricos;
e não vejo razão para existir;
e ouço demônios e anjos sussurrar em meus ouvidos;
e me olho no espelho e não me vejo;
apenas uma chama a sair da íris;
e o ódio arder,
vil vontade;
de devorar-te;
por não me decifrar;
o meu inferno sou eu mesmo;
fico encalacrado em minha carapaça feito caramujo;
fujo,
de mim, dos meus demônios e anjos;
pois meu inferno sou eu mesmo;
e às vezes os outros...

 
Labareda
Enviado por Labareda em 02/05/2008
Reeditado em 13/06/2014
Código do texto: T971530
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