Insensibilidade

Insensibilidade

Oh dor que me judia...

Acordo e rezo ave Maria...

Para quem não tem sentimentos.

Poço fundo de ingratidão...

Onde o espelho d’água

Nada significa...

Na profundeza da alma

Ninguém penetra...

Nem sonha, nem curte a vida...

Só vegeta...

Fico triste. E não me conformo...

Com a Ignorância de quem é insensível...

Não sente dor.

Não tem alegria.

É como se tivesse coração mecânico,

Como se tivesse nascido do nada...

Ou melhor somente da imaginação

De quem a criou.

Um robô? Uma coisa qualquer?

Que não vê, que não ouve,

Coisa fora da natureza...

Que faz teatro...

Que copia...

Que não gosta de gente, de animal...

Que gosta só de dinheiro...

Que ajiota

Que diz temer a Deus...

Que não se mistura ...

Jamais vou me esquecer ...

Desta triste criatura.

E ainda devo confessar...

Que mais tristeza tenho...

Por saber que diz que é a melhor...

Mas nem alma tem...

E eu digo, melhor é um caramujo,

Que leva sua casa nas costas

E não depende de ninguém.

Donni
Enviado por Donni em 01/05/2008
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