Minha escrita solitária....
Quando escrevo, pareço atender ao meu desejo de fuga.
Fujo ao meu mundo imaginário, quase inconsciente.
Encontro meu ego; o que pareço esconder de mim.
Fujo a um mundo divertido, e também duro, real demais
Algumas vezes.
Encontro minhas dúvidas, paixões e anseios.
Encontro minhas respostas clareadoras - ainda que brutas...
Pareço parar de fingir acreditar nesta gente;
Neste mundo podre.
Encontro minha “semi-luz”, e também minha escuridão.
Entro em um caminho que parece se abrir no chão.
Perco minha fé, e a encontro novamente.
Vejo-me em situação diferente, mais prospera, mais
Encantadora, mais feliz...
E, bruscamente, mesmo por instantes, como flashes
Nas janelas da minha memória, me encontro.
Quando, as palavras parecem terminar, me sentindo
Um pouco melhor, esqueço tudo, me perco de novo.
E encontro os pensamentos e sentimentos já velhos
Conhecidos e companheiros.
Iludida, achando que é tudo novo...
Sinto-me nada, óvulo sem útero, sem casca,
Sem proteção.
Encontro-me só, mais uma vez, então...