A gente...
A gente agarra o mistério. Acaricia-o. Quer descobri-lo, mas nunca se sabe o depois do fundo, porque é uma coisa nova sempre, e que vem de dentro do miolo de dentro do miolo do miolo do grande e fundo de dentro do de dentro.
A gente só cai, assim em espiral circundando em torno do próprio corpo e se perde sem vértices, só lisura em torno, cai circulando na fundura de uma eternidade sedosa.
Sei-me incompetente para a vida que é urgente , é agora, urge e requer a mim, esse mim que nem sempre sou eu.
A gente é tão confuso de ser tanto e tonto e patético... e nós nem sabemos mesmo quem-quantos ao todo somos.
Meu deus, eu sou tão desumana, tão sem fé, sem pé nem cabeça. Primeiro lagarta, depois vôo sem asa dentro da crisálida, e depois? Ora, apenas voejar efêmero sobre as coisas, sobre tudo o que não tem razão.