O estouro
Entro no universo paralelo, meu! Só meu, onde tudo é meu e eu sou tudo, tudo se mostra a minha maneira. Eu sou o rei, sou plebeu, sou mestre e aprendiz, sou a vida e o pecado, estou morto e preparado pra viver.
Sou réu, sou condenado, e vivo o aprendizado, aprendo comigo mesmo. Me absolvo de toda condenação de forma completamente arbitraria. Faço a minha justiça, e sou justo com ela. A injustiça não se mostra, ela é mostrada de forma incondicional.
As minhas condições são para comigo mesmo, me condiciono a fazer a minha vontade. Nesse universo existe a interação entre a influencia que me torna independente, com a falta de influencia que me faz querer a minha própria vontade.
Aqui todas as vontades são minhas, e a minha vontade é que o céu seja azul, sempre! Que o mar esteja limpo, que a cidade como o paraíso. Quero simplesmente que a vida seja vivida, que fosse abolida a sobrevivência.
Está tudo perfeito no meu universo. A imperfeição se mostra fora da minha bolha. É uma pena ter que estourá-la todos os dias.