a alma das coisas
Ah!inefavel beatitude que nos faz abandonar a mediocre sanidade,a visão miope de nosso pobre organismo à morrer segundo à segundo,porém sacrário de infindável universo de beleza.
Ah! Como me eleva e me encanta!Para sentir a alma das coisas é preciso dançar com os loucos a música estonteante do vento à envergar a velha árvore durante a tempestade,mas ouvir os dolorosos gemidos da companheira em sua heróica resistência!
E´ preciso recolher o brinquedo quebrado de nossa infância e auscultar-lhe os segredos à ele confiados.A alma Divina ,universal à tudo permeia e invade,ora chorando,ora sorrindo...
Ouçamos a voz abafada,residuo final da sonoridade da Criação em simples pedra recoberta pela poeira do caminho.Façamo-nos surdos ao canto das aves à nos conduzir à regiões quimericas .
Atentemos,sim,para musicalidade cantante do silêncio que separa os ruidos dos buliçosos animais.Examinemos,não a flor vermelha deslumbrante,cento de encantamento de miríades de insetos à reverencia-la,mas...à humilde vegetação rasteira da estrada.
Nela vibra,tambem o Eterno Sopro da existência da Alma das coisas...