Brumas da Memória

Ao fechar meus olhos eis que a mente divaga e das brumas da memória surge tua imagem.

Cabelo, olhos, boca, mãos, teu corpo, você.

Você que também sou eu, que habita em mim e que ao mesmo tempo é minha morada.

Almas amalgamadas, mas ainda assim separadas.

Corpos que não são celestes, mas como os tais irradiam brilho e energia quando se entregam à dança voluptuosa dos amantes.

Seres humanos finitos, que, como se fossem deuses lutam para perpetuarem eternamente o momento do encontro, da entrega, da satisfação e do cansaço.