Estrelas morrem bem devagar...
Parecia escrito em mapas.
A vida determinada por conceitos bons.
Lembrados a cada instante por setas.
Assim como as estrelas guias do firmamento.
De alguma maneira aparece o desvio que tira o prazer de viver?
E depois a pergunta: será que a vida era real?
Onde estão as praias, boas comidas, pessoas, e belos lugares.
Como se entra no desvio do desconhecido?
Sem mapa, sem destino e sem rumo.
Sem a mesa posta para o almoço.
Muito menos para o jantar.
E a casa que chamávamos de lar?
Não existe mais nem mesmo na memória.
Onde ficaram os cabelos pretos.?
E a vontade. Aquela que movia montanhas.
Agora aceleramos ao máximo pela estrada afora.
Sem documentos, sem carro, sem identidade.
E sem saber a própria idade.
Ontem havia um futuro esperançoso.
O destino “ estava escrito nas estrelas”.
Mas que estrelas?
Estrelas reais são queimadas aos poucos
Como eram as bruxas pela inquisição
E também morriam bem devagar...
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