O RITO DE MAYA
NO LABIRINTO DA EXISTÊNCIA VIVE O TEMPO
O TEMPO PRESENTE... E O QUE PASSOU...
AMBOS AUSENTES NO TEMPO FUTURO.
O TEMPO ESPIRALADO NO FUTURO, CONTIDO NO PASSADO
TRAZ EM SEU COLO A VIAGEM DA MORTE.
QUE MOVIMENTA A VIDA, A INEXISTÊNCIA...
NO ESPAÇO ESTRELADO
ENTRE A PROA E A POPA DO NAVEGANTE
QUE PERSCRUTA NAS CONSTELAÇÕES:
CADÊ O ROTEIRO?
OUTRORA ESQUECIDO...
PERDEU-SE NO ANSEIO DE DOMÍNIO
SOBRE O ABSOLUTO QUE IMAGINAS SABER,
DIANTE DAS SENSAÇÕES OBTIDAS NESTA VIAGEM.
SER ATOLEIMADO!
SÃO SÚBITAS REAÇÕES SEM PASSAGEM...
ATOS TOSCOS DAS SEMI-AÇÕES,
NO IMAGINÁRIO DO TEU QUERER.
SEM O ELEMENTO VERTICALIZADOR DA CONSCIÊNCIA...
O QUE VÊS SÃO ESBOÇOS, UM REFLEXO DISSONANTE
DE UMA REALIDADE SINGULARIZADA NO TEU OLHAR.
É O SABOR IMPRESSO, FABRICADO...
QUANDO MORDES O VERMELHO DA CEREJA...
E O SUCULENTO ESCORRE NO MACIO
DA ROSADA CARNE.
ASSIM, NO LÁBIO ADORMECE TODA A VIDA
CONTIDA NAS SENSAÇÕES DA MORTE.
POR ACASO... NÃO SERÁ ESTE O ESTEIO
DAS LAMENTAÇÕES HUMANAS?
QUANTA PERTINÊNCIA!
POIS, DIARIAMENTE HABITA EM “MAYA”
TODO O TEMOR DO AUTO-ENCONTRO
QUE SEGREGA A VIDA
NOS CAMINHOS EGÓICOS
DO SONHADOR.