Onde o homem se meteu
Havia uma fonte
Emergindo e conhecendo o sol
Mantendo-se viva como nascente de alguns riachos
Transbordando felicidade nas cachoeiras.
Até mesmo suas quedas eram lindas
Na sua volta, outras meninas brincavam de roda.
Todas banhavam os frutos que cresciam a suas margens.
Superando areias desertas virou água de rio
Sabia que morreria.
Morreria no dia que chegasse ao mar
Tentava em vão retardar sua caminhada.
Mas não havia meios de parar: o tempo corria rápido.
Então ela começou a esconder-se em partes.
Dentro dos seres humanos e em outros animais
Sem esquecer o interior dos verdes vegetais
Sabia que o dia estava chegando.
E em um ato de desespero
Fugiu da superfície e mudou-se para o subterrâneo.
A caverna dos minerais reluzentes a recebeu e protegeu
Era o reino do faz de conta
Onde o homem se meteu...
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