"Ex-teor" (observando-me de fora..)

Ao passo dado concatenava ao olhar atento, a libido instigada, o desejo aguçado e o ensejo descendo e encontrando a coragem entre o esbarrar das coxas grossas daquela menina.

O seu olhar – hipnose mortal, chamava-me sem demora. Incitava-me seu lábio quando jazia a língua dançante fazendo nela “meia-lua”.

Até a piscadela daquela safadinha era para me deslocar. Deixava-me desmoralizado, arrebatado e quanto mais “abobado”.

Via-a mover-se com destreza, as nádegas dançantes e sensuais restituíam minha moral (já em plena ascensão). O perfume daquela odalisca entrava pelas minhas narinas queimando e silenciando meus sentidos. Eu estava em êxtase por aquela menina.

Perspicaz serpente, a garota esbarrava seu corpo em meu, fazendo-o estremecer ao senti-la ardente. Em minutos, que mais pareceram séculos, eu a golpeei: a fiz sentir meu desequilíbrio quando a coloquei diante do meu descontrole.

O volume aumentava quanto mais seu calor sentia. E quanto mais sentia meu volume mais em movimento se punha. Era descompassado, desconexo e desvairado o nosso vai e vem. Foi assim à noite toda, pela madrugada entramos neste descontínuo ritmo e só nos acalmamos quando definitivamente o Sol conseguiu “nascer”.

*De uma certa forma eu me identifiquei com o sujeito, não sei por qual razão eu utilizei uma voz masculina. Talvez seja a insegurança de declarar tal ato, vergonha nunca! Caso o leitor não entenda, que fique claro apenas uma coisinha: sou Mulher e heterossexual. Capiche?