FRAGMENTO IV
Antigos amores ecoam seus cantos pelas campinas vazias. O vento frio das noites sem fim sussurra seu lamento monocórdico. Não há sinal de vida. Não há sombras nem mistérios. Tudo que existe no momento cabe num suspiro da lua que, vagamente, passeia pelo céu. Há uma espera. O tempo espreita pela fresta da eternidade. Aguarda, fera faminta, o instante do ataque.A vida segue fluindo trazendo as primeiras cores da manhã. Iluminação. Recomeçam os sons, os passos, os movimentos das arestas ocultas. Um grito primal anuncia o amanhecer.