MOTIVOS E EXPLICAÇÕES...

Não sei se calo, não sei se falo...

Nem sei por onde começar!

Mas, por favor, não me pergunte.

Não queira saber se o que sinto no momento

É tristeza ou alegria,

Por que nem eu mesma sei dizer.

Se o meu amor é encanto ou agonia,

Já não sei.

O que eu sinto é inexplicável,

E isso acontece toda vez que você vai embora,

E sai sem mim!

Daí tudo fica frio, incerto e distante.

Não sei se é bônus,

Não sei se é ônus.

Mas é o medo de te perder,

Que hostiliza meus anseios,

E faz de mim, um ser ínfimo.

Meu ciúme senil, é sutil e

complexo demais,

quando de forma doentia me sensibiliza...

Cada vez que você sai.

Cada vez que não atende.

Ou, quando já não é possível ligar.

“Eu só aceito a condição de ter você só pra mim”

(Isso eu já te fiz conhecer)

E é nesse egoísmo mórbido,

Que eu afundo,

Me distraio,

Me transporto e me transformo...

E me faço acreditar que como um objeto de estima

O melhor é esconder-te do mundo,

E te fazer pra mim.

Eu sei, não é assim

Mas quero acreditar,

Faça-me crer!

Prefiro continuar na certeza de que

a sofisticada simplicidade da grafia,

a musicalidade dos versos,

e a doce lembrança do cheiro do teu perfume

(que anda me roubando o sono madrugada à fora)

são as três coisas que assim como você,

chegam onde ninguém mais chegou...

São as únicas que me fazem delirar,

me dão prazer,

e te fazem pra mim um ser distante e intocável,

Por mais real e perto que estejas.

E basta florescer essa indecisão

Que o meu coração outrora intrépido,

Passa a degradar-se paulatinamente.

Entretanto um coringa desperta em mim,

e me faz ter ainda mais dúvidas,

quanto à explicação da minha surreal existência,

à razão pela qual estamos juntos,

e o que espero de você.

Sempre me senti um ser à parte,

Separado da massa tanto em decisões,

quanto em opiniões...

Bem como em preferências!

embora prefira você!

E nesse meio tempo sobra tanta falta,

E são tantas coisa pra dizer...

Seja como for, não dá mais pra viver sem você,

tua ausência é tão palpável, que se torna parte de mim.

Sem você, minha vida desapareceria como por metástase.

Longe da tua presença, nada mais sou que

um instrumento qualquer sem surdina,

que precisa o mais rápido possível ser amortecido,

Para soar bonito à platéia dum lindo teatro,

Que canta e se encanta com a suave sonoridade

que o amor lhes faz conhecer.

Lís
Enviado por Lís em 07/04/2008
Reeditado em 07/04/2008
Código do texto: T934519
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