ESPERANTO
A que eu estou perdendo já está tão perdida da sua essência.
A que eu estou perdendo está comprometida com o que não é verdadeiro.
A que escapa, esgarça os fios que se atavam a mim.
A que se esvai se misturava tanto comigo que ninguém sabia qual era a água e qual era o mar.
A que se esconde se mostrava em outros tempos brilhante como a lua, feminina em seu manto, mas firme como a clareza em seu andar decidido.
A que estou vertendo seguia por minhas veias, revelava minhas hemáceas e conduzia meu sangue limpo.
A quem não estou reconhecendo se anulou pelas tabelas da vida, parece hipnotizada , se esvaiu das edições, perdeu o senso de direção e de estima, bloqueou o sentido da vida...
Como um livro raro e antigo saiu da minha prateleira,fugiu do conhecimento e do guardado em nossa biblioteca, numa linguagem extraordinária perdeu por nós o esperanto e a esperança de algo melhor!