"Deixe-me, escória!"

Deixe-me, escória!

Não vês que sou, sem pedir, permissão aquilo que tanto te causa asco? Eu danço em cima dos seus dogmas, sambo escandalosamente sobre seu manto mundanal.

Vibro quando a vejo me recusar! Versejo rindo às custas do seu espasmo.

A mulher que aqui reside não teme o olhar reprovador, renega o falso pudor, abomina a podridão oriunda de suas “hipócritas” crenças!

Dispo, com minha particularidade, os escrúpulos que cobrem a sua falsa castidade.

Afirmo, nunca nego: dionisíaca sim!

Outros tantos foram os momentos, em que lúcida agi como Apolo: razão, equilíbrio e pureza, mas sem perder o encanto que se reveste com meu brio.

“Vagaba, Vampira, o velho esquema desmorona...”

(Não enche – Caetano Veloso)

Eu chamo de “vagaba” e de Vampira à escória que vive nos cantos da noite à mercê da dos restos vividos por àqueles que não temem a vida. Rezo aos argentários para que se redimam em tempo de não serem condenados ao fogo do inferno (uia, bem Gil Vicente isso!!!)