O Arqueiro
Tão grossos cascos castigam o chão
Uma massa multicolor percorre o campo
Eu quase posso ver as figuras nas filas
Leão, coroa, dragão
Puxo uma ponta fina e a coloco no arco
Ainda posso sentir o cheiro do pássaro na pena branca
Leão, coroa, dragão
Puxo a harpa do diabo até as penas me acariciarem a orelha
O som da canção é fúnebre
Observo a massa colorida e seu esplendor cinza
Leão, coroa, dragão
O teixo curvado
Força que parece querer me lançar naquela massa
A ponta de agulha acusa todos no imenso az:
Leão, coroa, dragão
Vejo o branco dos olhos
O bufar dos cavalos e o grito dos homens
Comando inconfundível
São Jorge!
Libero toda aquela tensão na seta
De força o cavaleiro é repelido do cavalo
São Jorge!
E outra seta
São Jorge!
Leão, coroa, dragão
São Jorge!
Dragão.